320 assaltos acontecem por dia no Estado

Roubos que acontecem em qualquer hora do dia integram a onda de violência que assola o Estado, sobretudo o cidadão que é refém da situação em casa, na parada de ônibus ou em qualquer lugar que esteja. Em números oficiais fornecidos pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Segup), nos seis primeiros meses de 2015 foram registrados 57.765 ocorrências de roubo, o que equivale a média de 320 assaltos a cada dia no Pará.

Ainda de acordo com as estatísticas da Segup, o mês em que houve o maior número de casos registrados foi o de maio, quando 10.353 pessoas foram assaltadas, com uma média bem superior ao total dos seis primeiros meses do ano, num total de 334 vítimas de roubo a cada dia no referido mês. Os números poderiam ser mais elevados, já que muitas pessoas desistem de registrar ocorrências, ora porque as delegacias do bairro estão fechadas, sobretudo aos finais de semana, ora por não confiarem em que o objeto roubado seja recuperado.

Os números apresentados pela própria Segup indicam que o problema é mais do que uma mera ‘sensação de insegurança’, conforme opinou o Governo sobre a violência no Estado. A situação é real e tem mudado os hábitos das pessoas que fazem das grades colocadas em suas casas mais do que enfeites, mas como forma de proteção. É o caso do comerciante Francisco Lima, morador do bairro da Marambaia, que após ter o estabelecimento assaltado três vezes somente este ano, a solução foi instalar câmeras dentro e fora do local, além de atender os clientes pelo portão. “Infelizmente tive que fazer assim, já que a insegurança está demais. Sei que é desconfortável aos clientes, mas não posso correr riscos”, disse o comerciante.

A mesma situação acontece com Ademir Moreira, 64 anos, dono de um depósito de bebidas que funciona 24 horas por dia, localizado na Avenida João Paulo II, no bairro do Marco. É também atrás das grades que ele atende os clientes, e o motivo não poderia ser outro senão o medo da violência.

“Já sofri uns três assaltos esse ano e, mesmo com essa grade, os ladrões não se intimidaram e, ainda assim, fui roubado. Também mandei instalar duas câmeras em frente ao depósito, mas os bandidos não param. Além de mim, também presencio muitas pessoas sendo assaltadas aqui de dentro do depósito, já que aqui o atendimento é 24 horas”, declarou Ademir Moreira.

(Diário do Pará)