Corpo de criança é encontrado em canal

A dor de perder um filho ainda pequeno foi sentida pelo vigilante Antônio Deusimar. A criança, de apenas dois anos de idade, foi encontrada morta por afogamento, na manhã de ontem, dentro do canal da avenida Gentil Bittencourt, entre as ruas 2ª de Queluz e Téofilo Conduru, no bairro de Canudos, em Belém.

De acordo com o vigilante Antônio Deusimar, o filho estava sumido desde as 17h da quinta-feira (2), quando saiu de casa para brincar com amigos da mesma idade nas proximidades do canal da Gentil. “Ele saiu de casa dizendo que ia brincar, mas as horas passaram e ele não voltou para casa. Eu saí para trabalhar, mas pensamos que ele estivesse na casa de algum colega, mas minha esposa e outros parentes continuaram a procurar ele”, disse o pai emocionado.

A criança foi encontrada somente na manhã de ontem (3), quase 15 horas depois do sumiço percebido pelos pais. O corpo do garoto foi visto boiando dentro do canal por moradores da área. O canal estava cheio devido a forte chuva que caiu na cidade, na quinta-feira (2). “Vieram nos avisar logo cedo, que meu filho foi encontrado dentro do canal. Nossa, receber a notícia que seu filho está morto quando começa o dia é muito triste”, disse Antônio Deusimar.

Uma equipe do Resgate do 2º Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) do Corpo de Bombeiros esteve no local para retirar o corpo de dentro do canal. Para o sargento CB Sérgio Mesquita, o menino deve ter caído em função da falta de proteção no entorno do canal. “É perceptível os parapeitos destruídos nas bordas do canal. A criança devia estar brincando numa dessas partes sem essa proteção e deve ter caído”, disse o sargento.

RECLAMAÇÕES

A situação do canal da Gentil foi motivo de reclamação dos moradores do local, já que grande parte da mureta de proteção está totalmente destruída e oferece perigo para as pessoas, sobretudo às crianças, como no caso do garoto. “Essa sempre foi a nossa preocupação aqui no canal da Gentil que, principalmente, idosos e crianças caíssem no canal porque o parapeito é destruído. Claro que essas condições oferecem perigo de alguém cair dentro do canal”, disse a moradora Vanda Sousa.A reclamação dos moradores também envolve o acúmulo de lixo e entulhos, o que para eles indicam o descaso sofrido pelo canal. “No entorno do canal você mesmo pode observar o lixo, entulhos e até a sucata de um carro. Se essas coisas não são recolhidas, imagina se vão reconstruir o muro de proteção do canal”, questionou Raimundo Aragão, morador.

(Diário do Pará)