As investigações da Dema (Divisão Especializada em Meio Ambiente) da Polícia Civil sobre as atividades irregulares de uma empresa de captação e envase de água mineral natural que foi lacrada no último dia 15, em Benevides, na Região Metropolitana de Belém, prosseguem.
O proprietário da empresa vai prestar depoimento, na sede da Dema, nesta semana, para a delegada Virginia Nascimento, sobre o local, que funcionava de forma clandestina e sem licença ambiental para exploração de recursos hídricos.
OUTRA EMPRESA
A delegada Virginia Nascimento informou que “a marca usada nos rótulos dos garrafões encontrados no interior da fábrica, com o nome ‘Água Vida’, pertence à outra empresa devidamente registrada, com licença ambiental regular e que igualmente atua no ramo de água mineral”. Segundo a delegada, as empresas não têm qualquer relação.
Segundo a delegada, os garrafões de água encontrados na empresa clandestina foram deixados no local por consumidores. A Polícia Civil apurou que, em muitos casos, os rótulos foram retirados desses garrafões, na própria empresa clandestina, e colocados em outros vasilhames, que depois eram revendidos a outros compradores. A empresa permanece lacrada por tempo indeterminado.
PERÍCIA
O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves realizou perícia no local, que passou também por inspeção feita por técnicos da Vigilância Sanitária, que constataram irregularidades na captação da água e no envase do produto para venda.
Virginia Nascimento explica que a captação era feita em um poço existente no local, mas a empresa não tinha a licença ambiental para explorar recursos hídricos expedida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
DENÚNCIA
Segundo a delegada Virgínia Nascimento, a operação policial foi deflagrada a partir de uma informação recebida por ela, na última terça-feira, 14. Ela acionou a Vigilância Sanitária para seguir até o local. A equipe da Dema, em conjunto com peritos criminais, foi à empresa, no dia seguinte, para fazer os levantamentos e constatou, no local, as práticas irregulares.
(Diário do Pará)
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