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POLÍCIA

122 policiais são assassinados em quatro anos

Para uma tropa com 14.600 homens, segundo a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Pará, a morte de 122 policiais em quatro anos, dois meses e vinte e oito dias do governo de Simão Jatene é um número que requer uma reflexão urgente por parte

Para uma tropa com 14.600 homens, segundo a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Pará, a morte de 122 policiais em quatro anos, dois meses e vinte e oito dias do governo de Simão Jatene é um número que requer uma reflexão urgente por parte daqueles que tem o domínio da segurança pública do Estado.

O presidente da entidade que representa cabos e soldados, o cabo Xavier, fez um cronograma de acompanhamento das mortes de policiais, que revelam um dado critico nos últimos quatro anos.

Em 2010 foram 23 policiais mortos, em 2011 o número chegou a 18 militares, em 2012 voltou ao patamar de 22 policiais assassinados, no entanto em 2013 foram 32 policiais assassinados, em 2014 novamente 23 militares mortos em serviço e fora dele e em 2015 nos primeiros três meses quatro policiais sendo dois militares e dois civis foram mortos.

“Nos não podemos desprezar a informação do governo que a maioria desses policiais morreu fora do serviço. O policial militar é policial 24 horas e corre mais risco sem farda do que fardado”, informa o cabo Xavier.

Outro dado alarmante são os policiais militares baleados em situações tanto de troca de tiros como vítimas de atentados. Só nesses três meses de 2015 a associação contabiliza dez policiais que foram baleados em situações diversas, muitos deles ainda convalescendo dos ferimentos e fora de combate.

Para tentar contribuir com a segurança dos seus associados à entidade vem recomendando atenção total quando este estiver de serviço para não ser surpreendido por uma ação criminosa.

“O policial tem que redobrar atenção tanto no serviço ou mesmo quando estiver de folga. Isto é primordial para a sua vida” destaca o cabo Xavier.

Outra situação que o presidente da associação destaca e quanto ao acompanhamento de presos perigosos. “Acompanhar sempre os noticiários sobre fugas e a solturas através da justiça desses presos e outro fato que deve ser incluído no cotidiano dos militares”.

Morando em periferia infestada por marginais 65% os policiais militares e civis do Pará viram “alvo” fácil para ações criminosas. Diariamente se tem conhecimento de ataques contra policiais com resultado nada alentador para a categoria, muitos têm armas e bens roubados e fica em situação inferior a marginalidade.

Andar com a arma exposta é outra situação que os policiais evitam para não serem surpreendidos pelos criminosos. Como a maioria da tropa não possuiu veículo próprio o jeito e ficar a mercê de assaltos em ônibus, vans e micro-ônibus tanto na Região Metropolitana de Belém como nas rodovias intermunicipais e interestaduais.

Muitos desses policiais acabaram tombando para os criminosos cujos índices trazem uma preocupação para as diversas associações da categoria que contabilizam a crescente escalada da violência contra policiais militares e civis no Estado do Pará.

Segundo dados do diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Pará, Pablo Farah nos dois meses de 2015 quatro policiais sendo dois militares e dois civis perderam a vida para a bandidagem e nos quatro anos e dois meses e vinte e oito dias do governo Simão Jatene, 122 policiais morreram entre militares, bombeiros e civis demonstrando a vulnerabilidade que os agentes de segurança têm no Estado.

Um soldado que pediu para não ser identificado desabafou diante da situação. “O governo devia olhar pra nós, porque zelamos por duas coisas mais importantes do ser humano que é a liberdade e a vida, mas quem zela pela nossa” desabafou o policial.

JUSTIÇA

O ano de 2013 é para ser esquecido pela família de Fontoura, como são chamados os policiais militares. Outras 32 famílias de policiais ainda hoje choram a perda de seus entes queridos e a todo custo buscam justiça contra os criminosos. A seguir, alguns relatos de assassinatos.

11 de março de 2013 - o investigador da Polícia Civil Lúcio Barros, 39 anos, foi baleado durante uma troca de tiros com bandidos que assaltavam uma loja próxima a sua casa. O policial tinha 12 anos na instituição e estava prestes a se formar no curso de Direito.

12 de março de 2013 – O policial militar reformado Ronielvis Souza Santos, 36 anos, foi assassinado no bairro da Pedreira, em Belém. Segundo a polícia, ele estava em um bar na travessa Vileta quando dois homens de moto se aproximaram, o carona desceu e disparou contra o cabo que foi baleado na nuca e morreu no local.

06 de abril de 2013 - O cabo Antônio Rogério Leitão Fonseca da Rotam foi assassinado com um tiro na região do abdômen, ao ser surpreendido por três assaltantes quando chagava em sua residência no conjunto Guajará I, no bairro do Coqueiro, em Ananindeua.

14 de abril de 2013 - o policial militar Josenilson Silva Pinto morreu após ser baleado durante uma tentativa de assalto no bairro do Marex, em Belém. O policial teria sido surpreendido por uma dupla de assaltantes quando estava em frente a casa onde morava e foi atingido na região do abdômen durante a troca de tiros.

21 de junho de 2013 - o militar Celso Luís Sanches de Moraes, de 26 anos, foi morto a golpes de terçado desferidos por três homens que invadiram a casa dele, no município de Barcarena, Região Metropolitana de Belém, investigações apontaram represálias por parte dos bandidos.

02 de julho de 2013 – o soldado da Polícia Militar, Rudervaldo da Silva Maia, 32 anos, foi morto após ser baleado na cabeça ao tentar salvar a vida do vizinho que estava sendo vítima da ação de um pistoleiro, na cidade de Altamira.

06 de agosto de 2013 – o cabo da PM Eliseu Rosa de Sousa, de 38 anos, foi morto a tiros, em uma emboscada na estrada vicinal que dá acesso à colônia Candurú, zona rural de Ipixuna do Pará, depois que foi averiguar uma denúncia, mas acabou surpreendido por bandidos que estavam no mato.

07 de agosto de 2013 – o soldado Jorge Luis Pinheiro Moreira fazia parte do 12º BPM de Santa Izabel do Pará e foi morto durante tentativa de assalto dentro de um ônibus em que viajava fardado, próximo ao distrito de Jambu-Açu no município de São Francisco do Pará.

24 de agosto de 2013 - O cabo da Polícia Rodoviária Estadual, Ailton Otávio Lima da Silva, de 42 anos, foi alvejado com vários tiros, à maioria na cabeça. Ele foi encontrado dentro do veículo dele na avenida João Paulo II, em Belém.

28 de outubro de 2013 – O soldado da PM Dienilson Heber Andrade dos Santos de 29 anos lotado no 6º Batalhão em Ananindeua foi morto a tiros após reagir a um assalto no bairro do Jaderlândia, periferia de Castanhal.

02 de novembro de 2013 – O sargento da Polícia Militar, João Kenedy Campos Miranda, de 46 anos, foi encontrado morto, enrolado em um colchão, com oito golpes de faca, em uma residência no bairro Elcione Barbalho, em Santarém, oeste do Pará.

03 de novembro de 2013 - O cabo Ivanildo Santos de Freitas de 41 anos, morreu após ser baleado cinco vezes durante assalto a uma van na avenida Almirante Barroso em Belém. Dois homens teriam entrado no veículo e anunciado o assalto e matado o policial.

07 de novembro de 2013 – Dentre os casos que mais chamaram atenção esta o assassinato que foi vítima o cabo Hélio Borges e sua esposa Feliciana Mota que ao intervir em um assalto na área central de Belém acabaram fuzilados dentro do carro que trafegavam.

LEIA MAIS:

Bandidos estão de olho nas armas dos policiais

(Diário do Pará)

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