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POLÍCIA

Em três meses, ônibus são assaltados 262 vezes

Os assaltantes de ônibus estão cada vez mais audaciosos. Se preciso for, esfaqueiam, atiram nos trabalhadores e passageiros, e até queimam os transportes públicos. No dia 24 de novembro, um ônibus que fazia a linha Cabanagem – Presidente Vargas foi incend

Os assaltantes de ônibus estão cada vez mais audaciosos. Se preciso for, esfaqueiam, atiram nos trabalhadores e passageiros, e até queimam os transportes públicos. No dia 24 de novembro, um ônibus que fazia a linha Cabanagem – Presidente Vargas foi incendiado, próximo ao final da linha da Cabanagem. Dois suspeitos dentro do veículo anunciaram o assalto. Mais a frente outros homens subiram e atearam fogo no transporte.

No dia do ocorrido, um policial militar, que preferiu ter a identidade preservada, falou ao DIÁRIO que após os meliantes anunciarem o assalto, outros ladrões já aguardavam para colocar fogo no transporte. Esta não foi a primeira e tampouco a segunda vez que o motorista do coletivo, Lucivaldo Silva, foi assaltado. Com mais essa, ele contabiliza nove vezes.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários do Estado do Pará, somente nas linhas que rodam em Belém, nos meses de setembro, outubro e novembro, foram registrados 262 assaltos. “Nós nunca tivemos um assalto com essas dimensões de violência, como esse de tocar fogo. No dia seguinte mandamos um ofício para a Segup. Eu não falo apenas em nome da categoria, mas sim dos usuários que sofrem todos os dias. Assalto a ônibus acontece todo o dia’’, enfatiza Edilberto Ventania, diretor do Sindicato.

Segundo ele, representantes da Secretaria de Segurança do Estado (Segup) estiveram no Sindicato e se comprometeram a tomar providências. A categoria solicitou, em caráter de urgência, uma delegacia especializada em assaltos a coletivos. “Vocês já viram alguns desses assaltantes sendo presos? Não, eles não são. Parece que se organizam para assaltar. Tem delegacia da mulher, dos idosos. A gente precisa de uma delegacia especializada em roubos nos ônibus. Temos as imagens dos crimes e não temos respostas de nada’’, diz.

BAIRROS PREFERIDOS

Pelos registros do Sindicato, os coletivos que rodam pela Arthur Bernardes, Perimetral, Estrada Nova, Cabanagem, Paracurí e Tenoné são os mais visados pelos ladrões. Segundo Ventania, os crimes acontecem em qualquer horário. “Sem nenhum tipo de demagogia. Não existe mais horário para os assaltos. Antes o pessoal da tarde era quem mais sofria com isso. Nessa terça de manhã, na Marambaia, um motorista na primeira viagem foi assaltado. Isso de manhã bem cedo’’.

Mesmo diante das filmagens, os criminosos não se inibem. Hoje, é possível encontrar coletivos com câmeras próximas ao motorista, cobrador e pelos corredores. No início, a categoria via a tecnologia como forma de monitorá-los. Agora, reconhece a importância das câmeras. “Na verdade elas foram colocadas para saber se o cobrador estava roubando ou o motorista desviando a rota. Mas, hoje usamos pata termos imagens dos assaltantes. Só que não tem um especialista para analisar essas imagens’’, enfatiza Ventania.

ASSALTOS QUASE ACABAM EM TRAGÉDIA

No domingo, 30 de novembro, o motorista da linha Paar – Ceasa perdeu o controle da direção do ônibus durante um assalto. O veículo invadiu uma loja de revenda de carros. A situação aconteceu na Avenida Pedro Alvares Cabral, próximo a Avenida Dr. Freitas, no bairro da Sacramenta, em Belém.
Testemunhas relataram que dois homens e uma mulher roubaram o cobrador e os passageiros. Os criminosos pediram para o motorista parar, e ele se recusou. Um dos assaltantes disparou três vezes contra o trabalhador. Os disparos não o acertaram. Insatisfeito, o meliante puxou a direção do veículo, que veio a colidir no estabelecimento. Ninguém saiu ferido.

Já na noite da segunda-feira, 17 de novembro, o motorista da linha Icoaraci – Marituba foi baleado durante um assalto, no Km 10, da Br-316, em Marituba, sentido Belém. Quando o trio de assaltantes tentou descer do veículo, o motorista arrancou com a intenção de chegar à barreira da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pedir ajuda. O cobrador também foi agredido com coronhadas. Na barreira da PRF, o motorista precisou ser socorrido e encaminhado para o Hospital Metropolitano.

(Diário do Pará)

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