Estado precisa fazer concursos públicos

Para o deputado, a categoria requer um investimento grande por parte do governo do Estado. Além de acomodações dignas, necessita ainda da realização de mais concursos públicos para suprir a demanda das unidades prisionais espalhadas pelo estado, acompanhamento psicológico, melhores salários, dentre outros, levando em consideração que o trabalho exercido pela classe é de um elevado nível de estresse e constante pressão psicológica.

“Os policiais trabalham sob um elevado grau de estresse e desequilíbrio psicológico não só pela sobrecarga de trabalho, mas também pelas condições indignas. Há uma crise profunda no sistema penitenciário do estado. A principal responsabilidade é do governo do Estado. A Susipe até hoje não fez concursos para agente penitenciário. Grande parte das penitenciárias não têm médicos. E, apesar dos muitos milhões que o governo federal repassa, o estado deixou obras atrasadas nas penitenciárias. Mesmo as que foram iniciadas ainda no governo de Ana Júlia”, garante.

De acordo com o deputado, após uma visita a unidade prisional de Paragominas, juntamente com membros do Ministério Público, Poder Judiciário e Defensoria Pública, alguns dos problemas foram amenizados. Porém, outros persistem. “Não precisa ir muito longe. No PEN I e II, os policiais dormem em camas precárias, há muitas goteiras no prédio. É uma humilhação. A situação na RMB é precária. Em Altamira, os policiais chamaram a mim e o deputado Bordalo para falar da situação, a falta de equipamentos, de uniformes. Foi assinado um TAC junto à Justiça Militar, no entanto não foi totalmente cumprido. Muitos PMs ainda trabalham sem armamento e dividem coletes”, assegura Edmilson.

Após fazer todas essas constatações, o deputado garantiu que pedirá a todas as instituições competentes que tomem uma atitude diante do caos instalado no sistema penitenciário do estado. “É muito bom que as associações tomem essas iniciativas, porque se fosse o policial seria punido. Eles usam o regimento militar para calar a frota. Cuidar bem desse profissional é tarefa fundamental o estado. No caso do sistema penitenciário onde eles estão o tempo todo enfrentando situações difíceis”, concluiu.

(Diário do Pará)