Pai é suspeito de estuprar filha e filmar o crime

Bruno da Silva Monteiro, 31, foi preso em flagrante na comunidade de Mucambo, Santa Izabel, após denúncia de que ele teria filmado e divulgado vídeos do estupro da própria filha, uma adolescente de 13 anos. O acusado foi conduzido para a Seccional de Santa Izabel por volta das 14h30, pelo cabo Ivan e soldado Taís, do 12° Batalhão de Polícia Militar.

Segundo o cabo Ivan, na hora da prisão o acusado chegou a negar que seria autor do crime e da divulgação. Já na Seccional, teve o aparelho celular confiscado no qual foi constatado quatro vídeos pornográficos, apesar de continuar negando ele foi reconhecido pelo delegado Daniel Castro por causa das tatuagens que possui no corpo. “Ele tentou negar, mas nas imagens dá para identificá-lo pelas tatuagens na barriga e a pulseira verde no braço”, explicou o delegado.

Ainda de acordo com ele, o vídeo já estava circulando há cerca de uma semana, mas o estupro da filha já vinha ocorrendo há um ano, no município de Barcarena, onde pai e filha moram. Além disso, Bruno já tem quatro passagens pela policia e responde a um processo por invasão de terra.

O acusado se defende e alega que a filha era quem pedia para que ele fizesse tais atrocidades. “Ela que vinha a noite para o meu quarto, me pedia para gravar os vídeos para mostrar a um rapaz aí. Eu cheguei a pedir pra minha irmã para me separar dela, me deixar longe, mas ela sempre vinha atrás”, tentou explicar.

O delegado explica que mesmo que a jovem quisesse algo com o pai, nada justifica que Bruno atentasse contra o corpo e dignidade de uma adolescente. “Mesmo que ele ponha a culpa na filha, nada justifica o ato. É crime, é estupro”, disse ele.
A adolescente foi levada até a Seccional acompanhada pela tia e conselheira tutelar. A tia, que estava muito abalada não quis falar sobre o caso, assim como a família do acusado. A vítima será encaminhada para exame sexológico e acompanhamento psicológico, em Barcarena.

Bruno será encaminhado para o Central de Triagem Metropolitana (CTM) onde ficará preso e responderá pelos crimes de armazenamento e divulgação de vídeo pornográfico de adolescente e estupro de vulnerável, previstos nos artigos 241-b e 214-a, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

(Diário do Pará)