Centro de Belém também é território do crime

A violência tomou conta de toda a Belém. Seja nas áreas periféricas ou no centro da cidade, é comum encontrar vítimas ou testemunhas de assaltos e arrastões. A grande quantidade de agências bancárias em alguns locais no centro tornou-se um atrativo para os criminosos especialistas em “saidinhas bancárias”. Há pouco mais de uma semana, o médico endoscopista Antônio Cerejo foi vítima da modalidade criminosa após efetuar um saque em uma agência bancária localizada próximo à Basílica de Nazaré, em Belém.

Além das “saidinhas”, uma série de arrastões tem assustado pedestres e comerciantes de áreas próximas. Manoel Lisboa, vendedor de lanche há mais de dois anos na praça do Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN), relatou os constantes conflitos entre gangues no local e que sempre acabam em vandalismo. “Praticamente todos os dias, por volta das 12h, acontecem esses arrastões. Atacam quem estiver no caminho”, disse.

Comerciantes afirmam que somente após o crime contra o médico houve uma preocupação em aumentar o efetivo policial na área, o que para muitos é questão de tempo para que tudo volte a ser como antes. “Todas as vezes que os criminosos agem, a polícia não está presente na tentativa de impedir. Eles aumentaram o efetivo policial depois do ocorrido com o médico, mas já notamos que é questão de tempo para voltar tudo a ser como era antes, ou seja, não termos mais a presença mais intensa da polícia”, relatou o farmacêutico André Silva, que completou afirmando a necessidade de uma polícia mais preventiva.

O funcionário de uma rede de farmácias, que não quis se identificar, descreveu a constante preocupação com a falta de segurança crescente no centro da cidade. “Em pleno centro, infelizmente, a segurança não existe. Dificilmente tinha assaltos, agora o problema é mais frequente. A última ação dos bandidos ocorreu há pouco menos de dois meses e os assaltantes sempre agem armados”, afirmou.

(Diário do Pará)