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POLÍCIA

Líder quilombola é morto e esquartejado

O líder quilombola Artêmio Gusmão, conhecido como Alaor, foi assassinado e esquartejado por volta de 19h da última sexta-feira (04), na região do Alto Acará, após o jogo da seleção brasileira. De acordo com relato de parentes, Alaor voltava de moto da Vil

O líder quilombola Artêmio Gusmão, conhecido como Alaor, foi assassinado e esquartejado por volta de 19h da última sexta-feira (04), na região do Alto Acará, após o jogo da seleção brasileira. De acordo com relato de parentes, Alaor voltava de moto da Vila Calmaria, onde assistiu ao jogo, quando teria sido assassinado a facadas.

Após horas de busca pela mata, o corpo do quilombola foi encontrado pela família, na manhã de sábado, degolado e esquartejado. Artêmio Gusmão era coordenador da comunidade Mancaraduba, localizada em uma área de terras de competência do governo federal com pretensão quilombola. As terras estão no município do Acará, mas fazem fronteira com Tailândia e Tomé Açu.

Segundo Paulo Nunes, presidente da Associação de Moradores dos Quilombos do Alto Acará (Amarqualta), os quilombolas sofrem ameaça constante de madeireiros, grileiros e fazendeiros interessados na área. A terra habitada por 242 famílias quilombolas na região da Calmaria, no Alto Acará, é cercada por extração ilegal de madeireiros e pela atividade do agronegócio. A associação já denunciou vários crimes ambientais e de grilagem de terras.

PASSOS LENTOS

Há cinco anos a Amarqualta luta para ter as suas terras demarcadas, mas os processos tramitam a passos lentos no Incra e no Iterpa. Segundo Paulo Nunes, o Incra alega não dispor de antropólogo para mandar ao local e o Iterpa só agiliza quando há pressão da comunidade ou quando morre alguma liderança da Associação.

Artêmio Gusmão é o quarto quilombola da Associação assassinado nos últimos três anos. Assim como ele, as demais vítimas eram lideranças da comunidade que estavam à frente da luta pela demarcação das terras na região. “Falta boa vontade das autoridades em demarcar as nossas terras. Enquanto isso, nossas lideranças estão morrendo para fazer valer o nosso direito”, denuncia Nunes.

(Diário do Pará)

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