Condutora de veículo deverá prestar depoimento

Identificada como Darlene Pantoja, a condutora do veículo que se envolveu no acidente que deixou dois mortos na madrugada deste domingo (27), deverá prestar depoimento assim que receber alta médica. Ela está internada em um hospital particular da Região Metropolitana de Belém.

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De acordo com inquérito aberto na Seccional de São Brás, agentes da Polícia Civil encontraram garrafas de bebidas alcoolicas no carro da condutora. Ainda segundo a investigação, Darlene teria avançado o sinal vermelho. Testemunhas que estavam no local no momento da colisão confirmaram a atitude imprudente.

Segundo a Polícia Civil, Darlene Pantoja poderá ser autuada por homicídio culposo no trânsito, quando não há intenção de matar. A sentença será configurada através de perícia realizada no local do acidente. Ao ser indagada sobre a possível condição de embriaguez da condutora no momento do acidente, a Polícia informou que no momento em que foi prestado o atendimento à Darlene, ela estava inconsciente e não teve como passar por exames para comprovar se estava alcoolizada.

A Justiça deverá julgar qual será a pena que a condutora deve cumprir. O laudo do acidente feito pela perícia deve ser liberado no prazo de até 30 dias.

Procurado pelo DOL, o hospital particular onde Darlene está internada informou que só pode fornecer informações sobre seu estado de saúde com autorização da família. A reportagem não conseguiu localizar parentes da condutora para posicionamento sobre o acidente.

Entenda o caso

Darlene Pantoja será investigada pelo acidente que ocorreu na madrugada do último domingo (27) na esquina das ruas Conselheiro Furtado e Alcindo Cacela, bairro da Cremação. As vítimas, o mototaxista José de Souza Trindade e o passageiro Cassyus Augusto Ramos, morreram na hora.

Testemunhas afirmam que a colisão aconteceu quando o carro e a motocicleta, que seguiam cada um por uma das vias, colidiram no cruzamento das pistas. O condutor da moto foi arremessado contra o portão de um edifício localizado na esquina. O carro da motorista ainda capotou e acertou pelo menos outros dois carros que estavam estacionados na rua.

José Trindade trabalhava há sete anos como mototaxista. Inconformados com a morte trágica, colegas de profissão da vítima interditaram nesta segunda-feira (28) a avenida Almirante Barroso.

Álcool e direção

Neste mês de abril, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o endurecimento da punição para os casos em que motoristas forem flagrados dirigindo sob o efeito do ácool.

É prevista pena de reclusão de 2 a 4 anos se o homicídio culposo ao volante for causado por motorista alcoolizado ou drogado. O texto do Senado excluía essas penas. O texto da proposta será enviado à sanção da Presidência da República.

(DOL)