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POLÍCIA

Assassinato de Novelinos completa sete anos hoje

Esta sexta-feira, 25 de abril, será de recordação para a família Novelino. Completam-se hoje sete anos do duplo falecimento dos irmãos Ubiraci e Uraquitan Borges Novelino, assassinados de forma violenta dentro de uma empresa de segurança no bairro de B

Esta sexta-feira, 25 de abril, será de recordação para a família Novelino. Completam-se hoje sete anos do duplo falecimento dos irmãos Ubiraci e Uraquitan Borges Novelino, assassinados de forma violenta dentro de uma empresa de segurança no bairro de Batista Campos, em Belém, figurando na lista dos mais cruéis que ocorreram na história do Pará, numa trama que envolveu dívidas e uma teia de negócios empresariais e a forma como o duplo homicídio foi planejado e executado. A trama para matar os irmãos Novelino começou, segundo o volumoso inquérito conduzido por uma equipe de delegados da Divisão de Repreensão ao Crime Organizado, começou pelo menos um mês antes de sua execução e, nas investigações da DRCO, os homicidas fizeram sucessivas encenações de cada detalhe, acreditando que estavam programando um crime “perfeito”, cujas autorias ficariam nos rol dos insolúveis.

A motivação, pelo que foi apurado, seria uma dívida contraída pelo então empresário João Batista Ferreira Bastos, conhecido como “Chico Ferreira”, com os irmãos Novelino, e contou com o planejamento do radialista Luís Araújo e a execução, com o ex-policial civil Sebastião Cardias Alves e o ex-fuzileiro naval José Augusto Marroquim de Sousa.

O DIÁRIO, na época do crime, acompanhou o desaparecimento dos jovens empresários, a prisão dos acusados, a remoção dos corpos, o enterro e todas as fases dos quatro julgamentos que terminaram por condenar, seis meses após o hediondo crime, o quarteto a 80 anos de prisão, pelos homicídios triplamente qualificados. Pelo planejamento, seria um crime quase perfeito. Os irmãos Ubiraci e Uraquitan Novelino foram atraídos para a empresa Service Brasil, de Chico Ferreira, com os cheques dados como garantia da dívida e, lá chegando, no inicio da noite, foi simulado um assalto que culminou com a rendição dos irmãos, mortos e em seguida transportados em dois camburões previamente comprados e levados em uma embarcação até um porto na Estrada Nova. Eles foram jogados a 17 metros de profundidade na baía do Guajará, amarrados a pesos de concreto a uma âncora.

Segundo as apurações da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público, através do promotor Paulo Godinho, o empresário Chico Ferreira foi o mandante e o contratador da ordem criminosa. O ex-radialista Luiz Araújo, que morreu no Presídio Federal de Mato Grosso, foi intermediário para a contratação dos executores e responsável por toda a logística, e o ex-policial civil Sebastião Cardias e o ex-fuzileiro naval José Augusto Marroquim foram os executores diretos dos homicídios contra os irmãos Novelino.

O crime tinha mistérios que jamais poderiam ser desvendados não fosse o trabalho de investigação da Polícia Civil. O desaparecimento dos empresários levou a família no dia seguinte à Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), onde o pai das vítimas, Ubiratan Lessa Novelino, esteve cara a cara com Chico Ferreira, que lhe contou na frente de jornalistas uma história digna de “roteiro de um filme de suspense”.

A “ponta do iceberg” começou a aparecer depois que a polícia descobriu o carro que os irmãos utilizaram no dia do crime sendo desmontado no sítio “Gueri-Gueri”, de Luiz Araújo, na vila de Murinim, em Benevides. Preso, Luiz Araújo entrou em contradição e acabou revelando os nomes dos demais comparsas, que foram presos dia após dia. Foi necessária uma força-tarefa policial com os delegados Gilvandro Furtado, Sérvulo Cabral, Evandro Martins e Justiniano Alves, além de duas dezenas de investigadores, escrivães e peritos criminais.

TRIBUNAL

Com uma tramitação rápida, os seis envolvidos foram levados ao Tribunal do Júri em menos de seis meses. No dia 21 de novembro de 2007, após uma das sessões mais longas do Tribunal do Júri, o barqueiro João Carlos Figueiredo e o mecânico Messias de Jesus foram absolvidos a pedido do Ministério Público. O mandante do crime, Chico Ferreira, o intermediário Luiz Araújo e os executores Sebastião Cardias e José Augusto Marroquim foram condenados a 80 anos de prisão, sendo 60 anos pelo duplo homicídio, triplamente qualificado, e 20 anos pelos crimes considerados conexos.

Começava uma guerra de bastidores entre advogados das vítimas e dos réus. que conseguiram anular o primeiro julgamento e desmembrar o processo resultando em mais três julgamentos, onde em todos os jurados mantiveram o resultado do primeiro júri, condenando os quatro envolvidos e o juiz Raimundo Moisés Alves Flexa aplicou a pena de 80 anos de reclusão.

Recursos e mais recursos foram impostos e hoje, sete anos depois, Chico Ferreira e José Augusto Marroquim de Sousa cumprem pena na Penitenciária de Segurança Máxima em Americano. Sebastião Cardias Alves, na qualidade de ex-policial, foi encarcerado na Penitenciária Anastácio Neves, também em Americano; e Luiz Araújo morreu cumprindo pena na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, vítima de complicações cardíacas.

(Diário do Pará)

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