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Seletividade alimentar de crianças: até onde é um problema? Como lidar com este desafio?

As crianças podem ser pouco receptivas a certos alimentos, desenvolvendo dificuldades alimentares, como a seletividade o que pode causar alguns transtornos a ela e também aos pais que precisam saber lidar com o problema. No entanto, a quantidade, local, c

As crianças podem ser pouco receptivas a certos alimentos, desenvolvendo dificuldades alimentares, como a seletividade o que pode causar alguns transtornos a ela e também aos pais que precisam saber lidar com o problema. No entanto, a quantidade, local, companhia e rotina podem fazer muita diferença e para isso os adultos precisam ficar atentos.

Para a nutricionista Ligiane Loureiro, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Doutoranda em Ciências Nutricionais pela da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o maior desafio entre pais ou responsáveis está em observar atentamente o comportamento infantil para encontrar possíveis anormalidades, principalmente nos momentos de se alimentar.

Nutricionista dá dicas aos pais de como lidar com este desafio. Foto: Arquivo Pessoal

“Os pais ou responsáveis devem revisar as diretrizes alimentares que estão sendo oferecidas à criança. Observar cores, textura, sabor, odor... tudo isso pode ou não agradar a criança e ter impacto em alguns comportamentos seletivos que a criança pode adquirir”, explica ela, que tem mais de 10 anos de experiência como personal diet funcional e é expert em nutrição esportiva funcional pela VP consultoria Nutricional da Universidade Cruzeiro do Sul.

A seletividade alimentar é caracterizada por recusa alimentar, pouco apetite e desinteresse pelo alimento. É um comportamento típico da fase pré-escolar, mas, quando presente em ambientes familiares desfavoráveis, pode acentuar-se e permanecer até a adolescência.

CRIATIVIDADE E PACIÊNCIA

A apresentação dos alimentos, segundo a nutricionista, vai depender de cada fase da criança. Para ela, um dos fatores importantes é investir na criatividade para as apresentações.

“Para bebês que podem estar sob o método de introdução alimentar complementar tradicional ou BLW ou crianças a partir dos dois anos, o mais importante é compor o prato com variedades de grupos alimentares (refeições principais, almoço e jantar), apresentando de forma atrativa, com pratos coloridos, revendo as questões de textura, sabor e aroma”, destaca Ligiane.

Para a especialista, além da aposta na criatividade, é importante ter paciência durante o processo.

“É comum ter alteração nos alimentos, ou seja, as crianças preferem um alimento em um momento e não em outro. É importante também observar o local da refeição, distrações, companhia, dentre outros”, recomenda.

Loureiro recomenda ainda, a organização desde o cardápio da semana até a compra dos insumos, armazenamento e preparo. “A rotina de horários é importante depois de uma certa idade, mas vale ressaltar que com crianças menores de um ano, por exemplo, não deve haver rigidez sobre a questão de horários, até porque a alimentação ainda é complementar e as crianças estão em transição”, explica.

Segundo a especialista, quadro de seletividade pode desencadear uma má relação com a alimentação, especialmente se estiver excedendo os perfis comuns, porém, transitórios, de seletividade que as crianças possuem.

“As crianças podem deixar de consumir todos os nutrientes importantes para seu desenvolvimento. É importante que os pais encararem com calma, atenção e paciência, ofereçam de outras formas esse alimento, em outros momentos, sem forçar e nunca impor a alimentação. Quando julgarem não ter mais possibilidades de sozinhos contornarem, aí vale pedir ajuda de um profissional, uma nutricionista infantil, por exemplo, pode ser uma opção, se a seletividade for acusada por algo que pode ser corrigido somente ajustando as diretrizes da nutrição”, destaca Ligiane.

A nutricionista enfatiza ainda que a má alimentação dos filhos pode ser reflexo dos pais. “Por isso, é fundamental que os pais tenham uma rotina alimentar saudável e dê exemplo, mas também pode ser causada pelas transições que as crianças passam normalmente para aceitar os alimentos. O ideal é identificar se de fato é só uma fase de transição da criança que logo passará, caso contrário, é importante ter a opinião de um especialista”, orienta.

COMO LIDAR

Enfrentar a birra e tentar interferir na aceitação da criança para o alimento deve seguir algumas regras bem contrárias ao que a maioria dos pais pensam. Premiar a criança, com o objetivo de que ela aceite aquilo que é oferecido, por exemplo, não é visto como uma prática recomendada pela nutricionista Ethel Santos.

Em vídeo, a profissional, que é nutricionista clínica, esportiva e materno-infantil e mestre em alimentação, nutrição e saúde e doutorando em ciências nutricionais avalia esse e outros casos que podem ser fundamentais na relação entre pais e filhos na seletividade alimentar.

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Reportagem: Andressa Ferreira

Multimídia: Gabriel Caldas

Coordenação: Enderson Oliveira

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