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Marabá teve ato contra bloqueios na educação

Marabá, sudeste paraense, aderiu às manifestações nesta quarta-feira (15) contra o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo Ministério da Educação. Entidades ligadas a movimentos estudantis, sociais e a partidos políticos e sindicatos convocara

Marabá, sudeste paraense, aderiu às manifestações nesta quarta-feira (15) contra o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo Ministério da Educação. Entidades ligadas a movimentos estudantis, sociais e a partidos políticos e sindicatos convocaram a população para uma greve de um dia contra as medidas.

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Estudantes, professores e técnicos da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) saíram do Campus I, em caminhada até a Praça da Prefeitura, onde se juntaram a mais pessoas que lá estavam e foram em direção à frente do INSS, na rodovia Transamazônica, no Núcleo Cidade Nova, onde eles também protestaram contra a reforma da previdência.

Durante o trajeto, os manifestantes bloqueavam a rodovia Transamazônica e em seguida liberavam. Segundo a organização, mais de três mil pessoas participaram da mobilização na cidade.

O professor da Unifesspa e presidente do SindUnifesspa, Rigler Aragão, que participou do ato, falou sobre o porquê a adesão da universidade ao ato nacional desta quarta. "As pessoas estão lutando pela educação porque um país que quer ter dignidade, que quer desenvolver, que quer uma população, e que quer um futuro melhor para as crianças, jovens e adultos, precisam valorizar a educação", declarou.

Manifestantes protestam contra cortes nas universidades federais (Foto: divulgação)

CORTES

Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.

UNIFESSPA

Com o corte de 40% nos recursos da educação anunciado pelo MEC a Unifesspa teve mais de R$ 13 milhões de seus recursos bloqueados, o que compromete gastos que vão desde o pagamento de energia até a compra de novos equipamentos.

Criada em 2013, a Unifesspa conta atualmente com 5.420 alunos matriculados em seus 42 cursos de graduação e 18 programas de pós-graduação. São 452 docentes, 311 técnicos e atualmente 68% dos gastos da universidade são com pessoal e encargos sociais.

De acordo com o reitor da Unifesspa, Maurílio Monteiro, a universidade vinha em franco crescimento, mas agora vai ter que contingênciar 40% dos seus recursos. “Enquanto isso não é revisto, nós vamos fazer um freio de arrumação, paralisamos todos os empenhos, não estamos fazendo nenhuma compra nova e a partir disso, nós vamos discutir com a comunidade quais aquelas ações que serão mantidas”, informou.

Maurílio Monteiro adiantou ainda que já neste mês de maio são R$ 6 milhões bloqueados, o que afeta diretamente os 185 funcionários terceirizados, que cuidam da limpeza, da vigilância e os motoristas que levam os alunos para fazerem trabalhos em outras cidades.

O presidente do SindUnifesspa, professor Rigle Aragão, afirma que se eles não convocarem a comunidade acadêmica e a sociedade, a Unifesspa corre risco gravemente de não conseguir manter serviços essenciais como água, pagamento de energia elétrica, telefone, serviço de limpeza, segurança até o final do ano.

A universitária Alana Silva, que cursa o sétimo período de Ciências Sociais diz que o anúncio do MEC já está causando impactos em sua formação, pois ela está trabalhando em uma pesquisa, em uma comunidade Jacundá. “Vai prejudicar não só eu, mais todos os estudantes que precisam não só de bolsa de pesquisa, mais os auxílios permanentes e auxílio moradia”, declarou.

(Alessandra Gonçalves/Diário do Pará em Marabá)

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