Ex-superintendente da Sudam e avô de deputado estadual morre em Belém

O ex-superintendente da Sudam e ex-diretor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Elias Sefer, pai do do ex-deputado estadual Luiz Sefer e avô do atual deputado estadual Gustavo Sefer, faleceu nesta quinta-feira (9). O corpo dele começou a ser velado na tarde de hoje, na capela do Recanto da Saudade, em Belém.

Elias Sefer tinha 91 anos e estava internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e sofria de um quadro de insuficiência respiratória e doença degenerativa.

Elias atuou como pesquisador, professor e diretor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), sendo um dos responsáveis pela implantação dos cursos de Veterinária e Engenharia Florestal na instituição. Ele foi, ainda, coordenador no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e superintendente da Superintendência do Desenvolvimento Amazônia (Sudam). O corpo de Elias Sefer será cremado na manhã desta sexta-feira (10).

O filho de Elias e ex-deputado estadual Elias Sefer divulgou nota de pesar nesta quinta-feira. No texto, ele afirma que o pai “conquistava a todos com sua simplicidade, humildade e preocupação com o bem estar dos que o rodeavam” e que faleceu “após 70 dias de intenso sofrimento, vitimado por uma doença degenerativa de imenso potencial agressivo”.

Veja o texto de Luiz Sefer.

"Quem foi meu pai!

Hoje, nós perdemos um homem absolutamente único e especial.

Meu pai, Dr. Elias Sefer, após uma vida longa e sadia, faleceu após 70 dias de intenso sofrimento, vitimado por uma doença degenerativa de imenso potencial agressivo.

Todos que o conheceram com um pouco de proximidade eram apaixonados por ele. Conquistava a todos com sua simplicidade, humildade e preocupação com o bem estar dos que o rodeavam.

Homem firme, forte, independente, altivo e ao mesmo tempo doce, carinhoso, terno, gentil e atencioso. Especialista em conciliação e harmonia, aos 91 anos, ainda era a referência maior da extraordinária e sólida família que ele construiu.

Marido exemplar, casado com a mesma mulher há 64 anos, já na UTI, sob sofrimento respiratório intenso, ainda conseguia nos dar exemplo ao monitorar os horários dos remédios que minha mãe devia tomar, tamanha sua preocupação e amor por ela.

Com os filhos, vibrava mais que nós mesmos com nossas conquistas e sofria muito mais com os nossos reveses. Vivia as nossas vidas mais do que nós mesmos. Inteligentíssimo, de longe percebia e decodificava tudo em nossa família e em nosso entorno. Era impossível omitir qualquer coisa ou sentimento dele. Altamente sensível e perceptivo, aparecia ao nosso lado exatamente nos momentos que mais precisávamos dele.

Avô adorável, apaixonado, carinhoso, tinha um amor especial pelos netos. Conhecia o estilo e a individualidade de cada um. Mesmo com a idade já avançada, mantinha uma relação bem humorada e sempre regada a muitas brincadeiras dentro do perfil de cada um.

Amava receber a visita dos bisnetos e por muitas vezes tomava conta deles com suas brincadeiras para criança que chegavam a durar um dia inteiro.

De índole irrepreensível, a única coisa que estremecia seu compasso era a própria família. Não foram poucas as vezes que comprou brigas homéricas defendendo a inglória causa de justificar os lapsos de comportamento dos netos no colégio. Não aceitava que apontassem defeitos nos seus netos".

(DOL)