Nem as praças próximas da Prefeitura de Belém escapam do abandono

Áreas em pleno centro histórico da cidade, que poderiam ser utilizadas para o lazer da população, viraram motivo de vergonha. As praças que ficam no entorno da Prefeitura Municipal de Belém estão totalmente abandonadas, para a indignação de quem passa por lá.

Com uma localização privilegiada, a praça Dom Pedro II, além dos vários problemas estruturais, tem servido de abrigo para moradores de rua. A vegetação toma conta até do topo do monumento que fica no centro do espaço. As calçadas e os lagos artificiais que compõem o ambiente estão tomados por limo e lixo.

“É triste passar por aqui e ver toda essa área bela pedindo ajuda para sair desse abandono total. Às vezes precisamos passar correndo com medo de ser abordada e assaltada”, reclamou Carlete Mendes, 56.

Naldo Santos, 40, diz que a situação na praça piora no período noturno. “Essa área se tornou uma vergonha! Aqui, durante a noite, um grande sanitário público se forma. Só quem trabalha aqui diariamente sabe o que acontece devido a esse abandono”, comentou.

Apesar de pequena, os problemas são grandes na praça Siqueira Mendes, popularmente conhecida como a Praça do Relógio, inaugurada ainda no ciclo da borracha. Seu principal símbolo, de fabricação inglesa, encontra-se todo pichado e sujo. Em vários pontos, as pedras que compõem o grande calçadão em torno do relógio deixaram de existir, formando buracos que oferecem risco para pedestres e ciclistas. “Há mais de 40 anos trabalho aqui no Ver-o-Peso e o cenário é o mesmo. Um grande desrespeito com a nossa população que já é tão carente desses espaços e que sempre estão esquecidos pelos nossos gestores”, criticou Paulo Rosa, 70.

Atrás do palácio que abriga a sede da prefeitura, a Praça Felipe Patroni parece não receber serviços de manutenção há algum tempo. A grama alta incomoda quem faz uma parada para descansar nas sombras de suas pequenas árvores.

A Prefeitura de Belém informou em nota que em junho de 2018 fez um serviço de manutenção nas praças D. Pedro II e Felipe Patroni.

(Wesley Costa/Diário do Pará)