Imposto de Renda: na reta final no prazo, cuidado deve ser redobrado na hora da declaração

Faltam apenas nove dias para o encerramento do prazo da entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física. Para quem resolveu deixar tudo para o final, o cuidado deve ser triplicado na hora de fechar o processo. Deixando para a última hora, os declarantes ficam mais suscetíveis a entregar a documentação com inconsistências e ausência de informações necessárias.

Segundo a Superintendência da Receita Federal na 2ª Região Fiscal, até o último dia 17, mais de 323 mil paraenses tinham entregado suas declarações.

A expectativa é de que 576 mil contribuintes entreguem a declaração no Pará. Segundo a Receita Federal, menos de 50% dos 30,5 milhões em todo o país que precisam prestar contas já o tinham feito até a mesma data.

Quem recebe a restituição pode sentar e esperar: quanto mais tarde se entrega, maior a chance de só entrar nos últimos lotes da Receita Federal.

“Já há uma fila considerável de prioridades que elenca idosos, pessoas com deficiência e professores. Só depois deles o sistema vai listando, seguindo a ordem das análises e se as declarações não apresentarem inconsistências, quem deve receber”, explica a assessora contábil e professora do curso de Ciências Contábeis da Faci | Wyden, Celiane Rodrigues.

É válido lembrar que, quanto mais complexa a declaração, maior o número de informações e documentos que devesse ter em mãos, ou disponibilizar ao profissional contratado para fazer este trabalho.

“Muito comum de acontecer, ainda mais quando a pessoa possui mais de um dependente, de chegar na hora de inserir as informações, faltar algum dado. Aí que podem ocorrer as inconsistências ou até mesmo a impossibilidade de incluir o dependente por causa disso”, alerta a profissional.

CONTRIBUINTE

Supervisor de campo de franquia de uma rede de cosméticos, Benedito Morais admite que nunca consegue fazer com antecedência a declaração. Por ter uma rotina puxada, ele quase sempre se esquece de planejar e, quando chega perto de esgotar o prazo para a entrega, é no papo com os colegas de trabalho que acaba lembrando da obrigação.

“É engraçado porque aí começa: já fez tua declaração? Tem contador para me indicar? Confesso que sinto dificuldade em fazer só porque não entendo alguns termos. Umas coisas pesquiso na internet para saber do que se trata, mas acaba que é meu namorado quem faz todo o processo”, explica.

Nenhum dos dois pede ajuda a contador, de tão acostumados a se virar para preencher os formulários, com uma ajuda dos tutoriais disponíveis on-line. “Eu até conheço contadores, mas para a gente é tão corriqueiro que a gente mesmo faz. Amigos também já fazem sozinhos os cálculos, buscam aprender”, afirma.

(Carolina Menezes/Diário do Pará)