Pedestres e condutores que trafegavam pelas vias do entorno da Feira do Ver-o-Peso, na manhã de ontem (19), precisaram ter cautela e paciência, já que a maré começou a encher desde às 9h. O ápice da preamar estava previsto para ocorrer às 11h26, quando o nível subiu mais de três metros.
O cenário na manhã de Sexta-Feira Santa era de ruas alagadas, com lixo boiando por toda parte. Havia lixo acumulado também nas beiradas da Pedra do Ver-o-Peso. A situação incomoda o taxista Orlando Silva, 52 anos, que trabalha na área há 25. Ele atua fazendo o transporte de pescadores, balanceiros e feirantes, além de entregar legumes e verduras em feiras da capital.
“É a natureza e acontece todo ano. Temos que agradecer a Deus por toda essa quantidade de água doce. Só tinha que arrumar essa questão do lixo”. Contudo, ele diz perceber que a situação está se agravando a cada ano que passa. “Está enchendo cada vez mais, já chegou até a rua 3 de maio. O poder público não desentope os bueiros e o povo joga lixo. Então isso é muito complicado”, avalia.
PREJUÍZO
Já o feirante Edivaldo Martins, 56, que atua no Ver-o-Peso há 30, afirma que a subida da maré enfraquece o movimento, devido as vias alagarem. Os clientes são obrigados a desviar a rota.
“Atrapalha as vendas porque os carros não passam. E quando a maré enche, vem trazendo o lixo. Jogar garrafinha e copo de plástico, sacola, vai tudo pra dentro dos bueiros e se transforma nesse caos. A população colabora muito com isso. Falta educação mesmo”, critica.
(Pryscila Soares/Diário do Pará)
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