O governo Bolsonaro anunciou esta terça-feira (16) um pacote para atender as demandas dos caminhoneiros e evitar uma nova greve da categoria, insatisfeita após o aumento do preço do diesel em 5,7% na semana passada.
Entre as principais medidas do ‘pacote de bondades’ – como tem sido chamado pela imprensa nacional – estão a criação de uma linha de crédito de R$ 500 milhões destinada a caminhoneiros autônomos e a promessa de R$ 2 bilhões para obras de infraestrutura e manutenção de estradas em todo o país. O dinheiro será dado pelo BNDES.
O pacote vem num momento de insatisfação da categoria, onde surge novos rumores de que poderá haver uma greve geral de caminhoneiros em todo o país.
A categoria transporta 60% de tudo o que é produzido e consumido no Brasil. A última paralisação foi no final do ano passado, durante o governo de Michel Temer. Houve desabastecimento e o país ainda não conseguiu se recuperar totalmente das consequências desta paralisação.
Entenda a Crise
No dia 11 de abril, a Petrobrás anunciou o aumento de 5,7% no preço do diesel. O presidente Jair Bolsonaro suspendeu o aumento logo em seguida, pedindo primeiro uma reunião com os especialistas, para depois decidir de concederia o aumento ou não. “Pedi uma reunião para saber o por quê do aumento. Se conseguirem me convencer, tudo bem. Não entendo de economia, quem entendia afundou o Brasil”, disse o presidente na oportunidade.
A atitude do presidente, muito semelhante às intervenções feitas por Dilma Roussef, não foi bem recebida pelos investidores estrangeiros, que preferem que a Petrobras siga a política de preços internacionais, que oscila quase que diariamente. Como resultado da intervenção de Bolosonaro, o valor de mercado da estatal começou a cair drasticamente.
A corda arrebentou do outro lado. A categoria dos caminhoneiros, que representou um apoio muito importante para a eleição de Bolsonaro, se viu insatisfeita quando o presidente cedeu ao aumento, e então começaram os rumores sobre uma possível paralisação.
Após o pacote anunciado, Bolsonaro espera que a categoria, que o abraçou durante sua campanha, continue apoiando seu governo e trabalhe normalmente.
Reação dos Caminhoneiros
(Igor Wilson/DOL)
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