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PARÁ

Balsa ficou à deriva, diz comandante

No terceiro dia de depoimento prestado à Polícia Civil, Elielson Lopes Barbosa, 38, comandante da balsa que colidiu com a terceira ponte da Alça Viária, sobre o Rio Moju, há uma semana, declarou que houve falha mecânica na embarcação, que estaria à deriva

No terceiro dia de depoimento prestado à Polícia Civil, Elielson Lopes Barbosa, 38, comandante da balsa que colidiu com a terceira ponte da Alça Viária, sobre o Rio Moju, há uma semana, declarou que houve falha mecânica na embarcação, que estaria à deriva, e, impulsionada pela correnteza, acabou colidindo com um dos pilares de sustentação da ponte. As informações foram repassadas em entrevista coletiva, ao final da oitiva, pelo titular da Delegacia de Ordem Administrativa, da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), delegado Aurélio Paiva, que preside o inquérito que apura as circunstâncias do acidente.

“O depoimento do comandante Elielson foi esclarecedor. Ele confessou que, na verdade, estavam à deriva. Chegaram a perder o controle da balsa e, jogados pela correnteza, bateram sobre a ponte. No primeiro depoimento eles omitiram toda essa situação. E agora confirmam toda a história de que a balsa estava totalmente irregular, não tinha autorização da Marinha”, declarou o delegado.

Elielson disse ainda que aquela não era a rota que a balsa faria no dia do acidente. “Eles passaram às 21h30 pela ponte sobre o Rio Acará e, como se faz uma bifurcação dos rios, eles disseram que perderam o controle e a correnteza os levou para uma distância bastante considerável e os jogou sobre a ponte. Eles conseguiram ligar o motor somente um pouquinho antes da ponte. O comandante alega falha mecânica”, esclarece.

Além do comandante, Cassio Cunha, proprietário da empresa CS Cunha, responsável pelo material transportado na balsa, também foi ouvido pelo presidente do inquérito. De acordo com o delegado, os depoimentos estão servindo para apurar todo o contexto, incluindo o processo anterior e que culminou com o acidente. “Vamos apurar a origem da carga. Vamos aprofundar as investigações para saber sobre notas fiscais, a relação das empresas. Não é só o momento do choque, é todo o antes para saber como veio acontecer isso”.

Apontado como dono da empresa Agregue, responsável pela balsa, o empresário Marco Antonio Tiecher continua foragido. De acordo com o delegado, a polícia segue à sua procura. “Essa pessoa é o grande beneficiário dessa situação. Está sendo verificada essa relação dele com a carga. Todos os argumentos de vem ser considerados, mas pela Justiça. Nosso papel aqui é, da melhor forma possível, encaminhar elementos para que a Justiça se faça”, pontua.

No depoimento, Elielson também afirmou não ter presenciado queda de veículos no rio após a ruptura da ponte.

PRISÃO

Elielson Lopes foi preso na tarde da última quinta-feira (11) em cumprimento ao mandado de prisão preventiva, expedido pelov juiz Waltencir Alves Gonçalves, titular da Comarca do município de Moju, por representação do delegado Aurélio Paiva. O homem foi levado inicialmente para a sede da Delegacia Delegacia Geral, na capital paraense. Em seguida, foi transferido para a Dioe, na avenida João Paulo II, bairro do Marco, onde permaneceu custodiado até ontem para ser reinquirido, ou seja, depor novamente.

Após prestar depoimento, Elielson passou por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, foi transferido para a Central de Triagem Metropolitana II, em Ananindeua. Ele já havia sido ouvido pelo presidente do inquérito outras duas vezes. O primeiro momento foi no dia seguinte ao acidente, quando ele, três tripulantes da embarcação e mais cinco testemunhas prestaram depoimento à Polícia Civil. Segundo o delegado, até ontem, pelo menos 15 pessoas já foram ouvidas no inquérito, que segue em natureza sigilosa.

CONTINUAÇÃO

Os depoimentos dos três tripulantes, além de Paulo Brígido, proprietário da empresa responsável pela manutenção da ponte, foram transferidos para a próxima segunda-feira (15), a partir das 8h, na Dioe. “Todas as situações serão esclarecidas, inclusive possíveis falhas na ponte.

Só lembrando que a ponte estava funcionando na sua normalidade e esse choque foi que culminou (com a queda). Entretanto, dizem que a ponte tinha algumas falhas. Foram tomadas providências para que o CPC faça essa constatação.

Estamos abrindo um segundo inquérito para apurar a conservação e até como a ponte foi construída”, assegura o delegado.

PARA ENTENDER

PRISÃO

Elielson foi enquadrado no Artigo 261 do Código Penal, por expor a perigo a segurança de transporte marítimo. Já o dono da empresa Agregue, responsável pela balsa, o empresário Marco Antonio Tiecher, também teve o mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça, mas não foi localizado e permanece foragido. Elielson prestou depoimento acompanhado de seu advogado, Ian Serrão.

E MAIS...

MEDIDAS DO GOVERNO

- A partir desta segunda-feira (15), a população passa a contar com a travessia de balsas Belém-Barcarena no porto da Trambioca, em Icoaraci.

- A fila para embarque nos portos, em Belém e no Arapari, até a tarde de ontem, caiu para uma média de 65 veículos, entre carros pequenos e caminhões.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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