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Seu pet está com diarreia? Cuidado, pode ser uma doença grave

Seu cão ou gato está apresentando diarreia, qual a primeira coisa que você pensa? A maioria das pessoas imagina logo que o animal comeu alguma besteira e isso lhe causou o problema estomacal. Entretanto, é preciso estar atento pois o motivo pode ser outro

Seu cão ou gato está apresentando diarreia, qual a primeira coisa que você pensa? A maioria das pessoas imagina logo que o animal comeu alguma besteira e isso lhe causou o problema estomacal. Entretanto, é preciso estar atento pois o motivo pode ser outro.

Ainda desconhecida por muitos tutores, a Giardíase (ou Giardiose) é uma doença que é facilmente confundida com outras mais simples, já que os sintomas são bem parecidos. Além da diarreia, o pet pode apresentar vômito, falta de apetite, perda de peso, depressão, entre outros. E o Papo de Pet desta semana conversou com a veterinária Ana Paula Maués que falou sobre a doença, sintomas e tratamento.

Ana Paula Maués, veterinária (Foto: Arquivo pessoal)

Qual a causa e como é transmitida?

“A giardiose é uma das doenças intestinais mais comuns em cães, pode ser diagnosticada também em gatos e pode ainda acometer seres humanos. É uma zoonose (doença que pode ser transmitida aos seres humanos pelos animais) causada pelo protozoário Giardia spp. Os pets podem ser acometidos indiretamente através da ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos do agente ou ainda, de maneira direta ao ter contato com fezes ou mesmo pelos de outros animais contaminados”, explica a médica veterinária.

Ela completa explicando: “Os cistos desse protozoário são bastante resistentes e podem sobreviver por meses no ambiente, por isso é muito importante evitar que o seu cãozinho ou gatinho tenha contato com qualquer resíduo de fezes que estejam por aí pelas ruas onde ele passeia”.Sinais clínicos da giardíase

A presença de fezes amolecidas é o principal sinal manifestado pelo pet acometido por giárdia, por isso é preciso estar atento sobre a forma como ela se apresenta e se existem outros sintomas aliados.

“Dessa forma, é extremamente importante que, ao notar qualquer comportamento diferente ou observar algum sinal clínico em seu amiguinho de quatro patas, você o leve ao médico veterinário para que o mesmo o examine e investigue outros diagnósticos e, assim, confirme se seu peludinho está com giárdia”, explica a médica veterinária. Dentre os sinais que podem ser observados em animais com giárdia estão:

“É importante buscar auxílio de um profissional capacitado para que o diagnóstico seja confirmado e o tratamento iniciado. Do contrário, o quadro clínico da giardíase pode evoluir para uma desidratação severa comprometendo gravemente o estado de saúde do seu peludo”, completa Ana Paula.

Como diagnosticar?

O médico veterinário pode suspeitar de giardíase com base nos relatos descritos pelo tutor do animal, com evidência dos sinais clínicos já mencionados e mediante a avaliação feita durante a consulta.

“Para confirmar a suspeita, é necessário fazer um exame parasitológico de fezes. Deve-se salientar que não se trata do exame parasitológico de fezes simples, o ideal é que sejam feitas três colheitas de fezes de amostras distintas (amostras de fezes de 3 dias diferentes), porque a eliminação do agente se dá de forma intermitente (alternada), ou seja, não são eliminados todas as vezes que o animal defeca. O resultado de exame negativo não exclui o diagnóstico, nesse caso é interessante repetir o exame e não descartar todo o quadro clínico característico do paciente”, detalha a veterinária.

Como tratar?



“A necessidade de administração de outros medicamentos como protetores gástricos, suplementos alimentares ou ainda alimentação pastosa deve ser avaliada pelo médico veterinário isoladamente para cada caso, pois cada paciente pode exigir uma conduta específica e apresentar maneiras diferentes de responder ao tratamento”, afirma Ana Maués, ressaltando que só o médico veterinário pode prescrever os medicamentos que seu animal precisa, então é importante seguir as orientações passadas pelo profissional. O ambiente onde o animal habita também deve ser tratado. É importante fazer a limpeza do chão onde ele anda e/ou defeca com água sanitária ou compostos de amônia quaternária ou ainda água fervente para eliminar os cistos presentes no ambiente”, completa.

E nós? Podemos contrair giárdia?

A resposta é sim. Humanos também podem contrair o agente causador da giardíase de diversas maneiras, sendo o consumo de água contaminada a principal delas. Outra forma possível de contrair a doença é em caso de pessoas que tenham pet e ele esteja contaminado com o agente.

“Se esta pessoa tiver contato direto com as fezes ou mesmo se o agente estiver no pelo, nos brinquedos ou cama do animal, e esta pessoa tiver contato e levar as mãos a boca sem antes lavá-las, pode acabar se contaminando com os cistos do agente. Por isso a importância de manter a saúde do seu amiguinho sempre em dia, assim você também protege a sua saúde. Quanto às mãos, sempre lavar com sabonete após brincar com qualquer animalzinho de estimação”, ressalta a médica veterinária Ana Paula Maués.

Como prevenir a doença nos pets?

Fornecer água filtrada e de boa qualidade ao seu pet; conservar corretamente os alimentos; manter o ambiente do animal de estimação sempre limpo; ao passear com o bichinho na rua evite que ele tenha qualquer contato (cheirar ou lamber) as fezes de outros animais; ao retornar para casa higienize as patinhas, são algumas maneiras de prevenir a doença.

Existe também a vacinação contra giárdia (no Brasil, disponível apenas para cães). “Ela não previne 100% que seu animal contraia o agente causador da doença. Contudo, ela reduz a incidência da doença e em casos de animais que se contaminem, os sinais aparecem de maneira mais branda. A vacina é composta de duas doses com intervalos de 14 a 28 dias entre elas e o reforço deve ser anual e em dose única”, afirma Ana Paula.

Tutor deve ficar atento aos sinais

Iniciar o tratamento logo no início da doença é muito importante para evitar problemas mais sérios. Para isso, o tutor precisa ficar atento aos sinais e procurar imediatamente um veterinário. Foi isso que a tutora Gilmara Oliveira fez, assim que percebeu que tinha algo diferente com o seu animalzinho Boomer, de 2 anos e 4 meses.

“Ele estava com o cocô muito estranho, era mole e tinha sangue e já não queria comer. Então procurei a médica veterinária, ela pediu que levasse logo uma amostra para que fosse feito o exame para confirmar se era a doença. Quando saiu o resultado positivo, já foi iniciado o tratamento. Ele precisou tomar vários remédios e uma ração especial”, explica.

(Foto: arquivo pessoal)

Gilmara Oliveira lembra ainda que, como fez o tratamento logo no início, o pet ficou bem. “Em três dias ele já estava bem, voltou a comer normal e fazer cocô, mas isso porque levei ele logo para atendimento assim que os sintomas começaram a aparecer. A veterinária me disse que ele pode ter contraído a doença, por que ele lambia a água que ficava parada no chão do quintal”, finaliza.

Texto: Ana Paula Azevedo

Coordenação: Gustavo Dutra

Arte: Demax Silva

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