Pesquisadores descobrem e catalogam 301 novas espécies

Trezentas e uma novas espécies, entre fungos, plantas, invertebrados e vertebrados, foram descobertas e catalogadas por pesquisadores de diversas áreas do Museu Paraense Emílio Goeldi. A nova lista é resultado dos trabalhos que começaram há cinco anos. Foram cerca de 60 novas espécies encontradas por ano, no período entre 2014 e 2018. Entre as descobertas estão 58 novas plantas, 23 insetos, 141 aracnídeos, 20 peixes, 18 anfíbios, 14 répteis e 3 mamíferos, além de fósseis.

Segundo o coordenador de pesquisa e pós-graduação e curador da Coleção de Artrópodes, Alexandre Bonaldo, “a descoberta e descrição dessas novas espécies fazem parte do conhecimento mais básico que pode existir na biologia, e que, a partir dessa, novos conhecimentos podem ser atingidos”, disse.

O trabalho de pesquisa e coleta teve a participação de especialistas associados ao Museu Goeldi, alunos de pós-graduação e bolsistas. Os pesquisadores informaram que mais da metade das espécies foram encontradas na região amazônica e algumas são provenientes de outros locais do Brasil e das Américas.

MARACUJÁ

Entre os novos achados, chamaram atenção uma nova espécie de maracujá, encontrada em áreas afetadas pelos empreendimentos da usina hidrelétrica de Belo Monte, e espécies de aranhas que aparentam serem formigas.

Essas descobertas são de extrema importância para a ciência, dizem os pesquisadores. “Através dos registros é possível obter conhecimento sobre as diferenças entres as espécies, compreender o processo evolutivo e também como se relacionam entre si”, diz Alexandre Bonaldo.

(Wesley Costa/Diário do Pará)