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GERSON NOGUEIRA

Tchau, Topper! Remo terá novo fornecedor em 2020. Leia na coluna de Gerson Nogueira

“Externo desequilibrante", “jogador terminal”, “sinapses do último terço”, “performar desempenho”. Talvez desde que Sebastião Lazaroni sumiu na voragem do tempo, ali pelos idos de 1990, o torcedor brasileiro não se deparava com tamanha saraivada de termo

“Externo desequilibrante", “jogador terminal”, “sinapses do último terço”, “performar desempenho”.

Talvez desde que Sebastião Lazaroni sumiu na voragem do tempo, ali pelos idos de 1990, o torcedor brasileiro não se deparava com tamanha saraivada de termos estrambóticos e sem lógica no universo do futebol. Tite, de vocação cada vez mais teatral, recheou suas últimas entrevistas de liberdades poéticas pra lá de duvidosas.

Alguns defensores do técnico argumentam que ele apenas reproduz termos rotineiros na atividade profissional nos clubes e seleções. Se isso é verdade, as frases pecam pelo hermetismo, dificultando a capacidade de compreensão e perdendo a finalidade.

Pior é que o comandante lança mão de uma ginástica verbal que não significa absolutamente nada e cujo conteúdo é tão raso quanto o futebol que a Seleção pratica. Persistente na disseminação do “tatiquês”, também chamado de “titês”, o técnico rebusca tanto o palavreado que acaba por se tornar confuso e chato.

A responsabilidade de dirigir a Seleção Brasileira implica em evitar discursos de corte surrealista. É aconselhável que a mensagem seja simples, objetiva e direta. Ao contrário de mestre Chacrinha, técnicos do escrete precisam explicar sempre, confundir jamais.

Saudado por muitos, inclusive pelo escriba aqui, como honrosa exceção no deserto de ideias do segmento de treinadores no Brasil, Tite começou a extrapolar o limite da sensatez nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. No auge da popularidade, assumiu com gosto a persona de consultor, passando a transformar entrevistas em performances.

Com a confiança cega nas próprias ideias, Tite passou a Copa apontando o dedo indicador a cada nova frase, como forma de reger a imprensa, mesmo que as palavras não fizessem qualquer sentido. Aquela porção submissa de repórteres e analistas esportivos que habitam o entorno da Seleção não parava de bajular e aplaudir, motivando o uruguaio Lugano a rotular Tite de encantador de serpentes.

No fundo, ao fulminar o idioma com construções canhestras e concordâncias sofríveis, Tite quer apenas lustrar o próprio currículo, aparentar modernidade e erudição. Nada muito diferente do que fazem alguns ditos experts, destilando sapiência tecnicista nos debates táticos.

O certo é que, além de treinar o selecionado, buscando as melhores configurações e escolhendo os jogadores mais capazes, Tite deveria se preocupar em usar uma linguagem clara e acessível ao cidadão comum. A massa que (ainda) segue a Seleção não tem obrigação de entender gorjeios de boçalidade.

Curiosamente, quanto mais a Seleção padece de qualidades mais o técnico se esmera em falar difícil. Alguém já o definiu como Rolando Lero ou mesmo um Odorico Paraguaçu sem a graça do personagem criado por Dias Gomes.

O aspecto mais preocupante da pesporrência que embala o discurso titeano é a imposição de um elitismo que cria apartheid de conhecimento entre o aficionado e os chamados doutores em futebol, cuja iniciação acadêmica menospreza o torcedor-raiz. No país que vê surgir a cada dia hordas de mentes tacanhas é assustador que até o futebol passe a ser uma seara dominada por gente de “nível superior”.

Tite dispõe de tempo para salvar uma carreira vitoriosa, antes que se perca no folclore que fulminou Lazaroni e Luxemburgo, mas precisa por os pés no chão e deixar de lado os arroubos de superioridade. Deve, acima de tudo, botar em prática as teorias que defende.

Futebol é simples. Complicá-lo com discursos impenetráveis não deixa de ser um atestado de incompetência.

Leão terá novo fornecedor de material em 2020

O Remo recebeu proposta considerada irrecusável para trocar de fornecedor de material esportivo ao final do contrato com a Topper em dezembro deste ano. A paixão da torcida continua a ser o ativo mais rentável do clube e a gestão atual busca caminhos para fazer com que esse ardor que envolve a massa torcedora traga resultados concretos às finanças do clube.

Segundo o presidente Fábio Bentes, em contato com a coluna, o acerto proposto é muito vantajoso em relação ao atual e permitirá um aporte inicial de recursos, no valor de R$ 450 mil, a serem pagos imediatamente, a título de adiantamento.

Em cima do montante de vendas de 2018, a expectativa seria de dobrar a receita obtida com material esportivo com o atual fabricante. Nesse aspecto, cresce a importância de fidelidade do torcedor aos produtos de fábrica, a fim de garantir dividendos extras ao clube.

O faturamento estimado levando em conta dados de 2017-2018 foi superior a R$ 2 milhões, já levando em conta os custos de enxoval do elenco.

O nome da empresa interessada não pode ser revelado, por razões contratuais, mas é quase certo que o Remo terá novo fornecedor a partir de 2010. O dinheiro que a ser pago agora será imediatamente empregado nas obras de reforma do estádio Evandro Almeida.

Ao contrário do que chegou a ser divulgado nas redes sociais e em sites esportivos, o presidente remista descarta a Nike como futura parceira. A gigante norte-americana só fornece material para clubes da Série A brasileira e acaba de ter contrato rompido com o Internacional.

Além da possibilidade de obter capital através desse pré-acordo, a diretoria analisa propostas de clubes nacionais e do exterior pelo jovem zagueiro Kevem, de 18 anos, revelação da base azulina que assumiu a titularidade durante a ausência de Mimica.

A oferta mais interessante seria da Ucrânia, com previsão de venda de 70% dos direitos econômicos do atleta por cerca de R$ 500 mil.

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