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Chuvas e maré alta espalham o caos em municípios do Pará

As chuvas que caíram sobre o município de Paragominas, no sudeste do Pará, e as cheias dos rios Uraim e Paragominas fizeram um grande estrago. Por toda a cidade, os órgãos de segurança trabalham para ajudar as famílias atingidas pelas chuvas que começaram

As chuvas que caíram sobre o município de Paragominas, no sudeste do Pará, e as cheias dos rios Uraim e Paragominas fizeram um grande estrago. Por toda a cidade, os órgãos de segurança trabalham para ajudar as famílias atingidas pelas chuvas que começaram na noite de sexta-feira (22) e continuaram na madrugada de sábado (23). A prefeitura decretou estado de emergência.

Cinco pontos de apoio foram espalhados em vários bairros para receber famílias sem condições de conseguir outras moradias. A orientação é para que as famílias evitem áreas de riscos e procurem ajuda em um dos postos de atendimento. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e o prefeito Paulo Tocantins percorreram as áreas alagadas para saber a real dimensão dos prejuízos.

Ontem, Helder visitou os dois municípios Helder visitou São Domingos do Capim (primeira imagem) e Paragominas. Moradores tiveram de usar canoas para se locomover. (Fotos: Maycon Nunes/Agência Pará e Fernando Araújo/Agência Pará)

As famílias desabrigadas receberam, ontem, a visita de uma comitiva do Governo do Estado. O governador Helder Barbalho, e o vice, Lúcio Vale, foram até Paragominas e anunciaram a entrega, a partir de quarta-feira (27), de 500 cestas básicas e kits de higiene.

O governador também informou outras medidas que serão tomadas para ajudar a prefeitura a minimizar os estragos causados pelas enchentes na cidade. “Contamos com a participação da Setran na recuperação da pista da PA-256, no trecho que desabou e precisou ser interditado. Nós já estamos com obras desde o momento que identificamos o problema. Continuaremos dialogando com a prefeitura para que a Secretaria de Assistência possa, ainda, apoiar as famílias nesse momento de sofrimento, para que consigamos minimizar as dificuldades causadas pelo desastre”, disse Helder. Ele e Lúcio estavam acompanhados de outros integrantes do Governo do Estado e deputados.

“A Cohab estará aqui a partir de amanhã (hoje) para fazer um levantamento do que será necessário disponibilizar de Cheque Moradia, para a melhoria das casas prejudicadas. Quem perdeu o imóvel terá suporte pela Seaster”, explicou o governador.

A sensação dos moradores é de desespero e tristeza. No loteamento Vila Cabral, à beira do rio Uraim, a doméstica Angela Santos disse que a população já enfrenta esse problema pela segunda vez. “Mal nos recuperamos do trauma do ano passado e já acontece de novo. Ver a água entrando na nossa casa é muito triste. É desesperador”.

PA-256

A Secretaria de Estado de Transportes (Setran) informou que as primeiras ações do órgão foram isolar a área do desabamento, acionar uma empresa para a execução de um contrato emergencial e deslocar uma equipe para atuar no local. “A obra aqui deve durar em torno de 30 dias, porque vamos construir uma ponte com comprimento entre 20 e 25 metros”, concluiu o secretário adjunto João Renato.

Helder visitou ainda o município de São Domingos do Capim, que também sofreu prejuízos por conta das chuvas fortes e da maré alta. Lá a situação é bastante crítica, com mais de 4 mil pessoas afetadas. O governador fez um sobrevoo de helicóptero pelo município e andou pelas ruas inundadas das comunidades de Santa Terezinha e São Sebastião. “Neste momento, estamos focando nas doações de alimentos, água e mantimentos e, em breve, oferecer os benefícios sociais do governo”, disse.

O gabinete de crise montado pela Defesa Civil Estadual em São Domingos do Capim informou os números preliminares da operação: são 250 famílias desalojadas, sendo que 40 não conseguiram abrigo em casas de parentes e tiveram que ficar no Ginásio Municipal e na Escola Manoel Bernardos.Desde sexta feira, uma equipe da Seaster auxilia a Secretaria de Assistência Social de São Domingos do Capim no cadastramento das famílias afetadas, para conseguir viabilizar benefícios.

Prefeito diz que não houve rompimento de barragem

Na noite de sábado (23), o prefeito de Paragominas, Paulo Tocantins, usou as redes sociais para falar a respeito da situação e o trabalho que está sendo realizado para retirar as famílias das áreas de risco e dar abrigo para as que foram atingidas.

O prefeito afirmou que foi montada uma força tarefa para agilizar os serviços essenciais à população, como abastecimento de água e restabelecimento de energia. Também foi viabilizada a visita de agentes de saúde nas áreas atingidas para controle de doenças e vacinação da população dessas áreas. Alimentação e transporte para mudança dos moradores também foram disponibilizados. O prefeito falou ainda que sobrevoou os Rios Uraim e Paragominas para constatar possíveis rompimentos de barragens que ficam na fazenda Cinderela, localizada a cerca de 20km de Paragominas, hipótese que, segundo ele, foi descartada.

Ainda no vídeo, o prefeito diz que foram identificadas quase mil casas atingidas pela cheia e 11 famílias ficaram desabrigadas. Não há registro de vítimas fatais ou desaparecidos na área.

Transtornos também em Icoaraci e Outeiro

Alagamentos atingiram ruas também de Icoaraci. (Foto: Ricardo Amanajás)

Quem escolheu o domingo para passear por Icoaraci e Outeiro, distritos de Belém, precisou ter paciência para enfrentar o aguaceiro causado pela maré alta. Na orla de Icoaraci, na confluência das travessas do Cruzeiro e Dois de Dezembro, um “piscinão” se formou por algumas horas, impedindo a passagem de veículos. Na entrada da Ponte de Outeiro, os condutores tiveram de esperar a água baixar para poder transitar por ali.

Por volta das 14h, apenas um carro por vez passava. Na Praia do Amor, os comerciantes esperavam maior movimento. “No sábado a água veio até o salão do bar. Hoje (ontem) foi mais calmo. Em compensação, o movimento também diminuiu. Agora maré alta só em 2020”, aposta o empresário Fábio Fagundes. Nas demais praias da ilha, o movimento foi considerado normal. Para ontem, a meteorologia previu maré alta de 3,6 metros às 1h34 e às 13h49.

Salinas e Salvaterra

Salinas e Salvaterra. (Fotos: Divulgação)

Um vídeo que circula na internet, desde a manhã de sábado (23), mostra a força da maré na praia do Farol Velho, em Salinópolis, nordeste paraense. Nele é possível ver que os muros de algumas casas foram destruídos com a força da maré. No Marajó, a maré alta deixou moradores de Salvaterra sem praia. O asfalto está cedendo e carros já não trafegavam mais por uma certa parte da orla.

(Carla Azevedo e Luiz Guilherme Ramo/Diário do Pará)

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