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Pará está entre os piores resultados em aprendizado, diz estudo

Ainda vai levar um tempo até que seja possível promover mudanças nos índices da educação no Pará. A avaliação é unânime entre especialistas da área quando são comparados os resultados dos alunos paraenses com os demais estados, principalmente com relação

Ainda vai levar um tempo até que seja possível promover mudanças nos índices da educação no Pará. A avaliação é unânime entre especialistas da área quando são comparados os resultados dos alunos paraenses com os demais estados, principalmente com relação ao atingimento das metas estabelecidas pela Organização Não Governamental (ONG) Todos Pela Educação.

Na semana passada, a Organização avaliou o desempenho das escolas públicas de todo o Brasil e apontou que o Pará está entre os piores resultados na Meta 3, que prevê “todo aluno com aprendizado adequado ao seu ano”. A análise, realizada com base no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), avaliação federal que compõe o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

A prova avalia as disciplinas de português e matemática de alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio. O Saeb ocorre a cada dois anos. O desempenho em matemática é sempre inferior ao resultado da avaliação em português. O Todos Pela Educação avaliou o índice de aprendizado entre os anos de 2007 e 2017.

Na avaliação dos índices de português de alunos do 5º ano do ensino fundamental em uma década (2007 a 2017), os estudantes paraenses amargam a terceira pior posição, com avanço de apenas 22%. Em matemática, mantiveram a mesma terceira pior posição, com meros 12% de avanço em uma década. Por outro lado, Ceará, Goiás e Acre tiveram avanço destacado em ambas as áreas de conhecimento.

Já na avaliação do 9º ano do ensino fundamental houve avanços no país, mas em ritmo menor. Mais uma vez os alunos das escolas do Pará ficaram entre os piores resultados. Em língua portuguesa, 13 Unidades da Federação tiveram avanços acima de 20 pontos percentuais em uma década. Em matemática, nenhuma Unidade da Federação teve o mesmo nível de avanço, embora 7 tenham avançado pelo menos 10 pontos percentuais no período. Ceará e Goiás tiveram avanço destacado em ambas as áreas de conhecimento.

No caso do Pará, em português o avanço foi de apenas 10 pontos percentuais colocando o Estado na segunda pior posição, empatado com o Amapá, atrás apenas do Maranhão. Em matemática o avanço foi de apenas 2%, o segundo pior do Brasil.

SITUAÇÃO

No 3º ano do ensino médio, apesar do saldo positivo, a situação ainda é considerada crítica. Em língua portuguesa, somente três estados tiveram avanços acima de 10 pontos percentuais em uma década. Em matemática, nenhuma Unidade da Federação teve o mesmo nível de avanço. Somente duas unidades da Federação tiveram avanços acima de 3 pontos percentuais no período, revelando sua criticidade. O Pará registrou 2% em português e somente 1% em matemática.

A baixa variação positiva percebida na avaliação para o Ensino Médio é vista pelo coordenador do Núcleo de Inteligência do Todos Pela Educação, Caio Sato, como resultado das dimensões vividas por determinada fatia de estudantes. “Muitos precisam complementar a renda familiar e acabam parando de estudar. Muitas vezes, a cultura local também contribui para colocar o trabalho como importante nessa fase da vida. Tem também o fato de que muitos deles não consideram o modelo pedagógico atrativo, sem incentivo ao protagonismo juvenil”, reflete.

“Os resultados mostram que houve avanços consistentes, mas que a situação geral segue crítica, especialmente no ensino médio. Apesar da boa notícia no fundamental, temos muito a evoluir”, complementa Caio Sato. O Ministério da Educação não fez comentários sobre os resultados divulgados pela Ong Todos Pela Educação.

Educação

- O Todos Pela Educação considera como aprendizado adequado o alcance a uma determinada pontuação no Saeb correspondente a cada ano.
- A referência é o nível médio de aprendizado de um conjunto de países que serve de modelo de sistema educacional para o Brasil, além de uma análise de um conjunto de especialistas para chegar a uma nota.
- O movimento monitora cinco metas. Além da meta 3, o Todos Pela Educação ainda monitora as taxas de escolaridade de crianças e jovens entre 4 e 17 anos, de alfabetização adequada, de conclusão do ensino médio até os 19 anos e investimentos em educação.

(Luiza Mello/De Brasília)

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