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PARÁ

Força das águas alaga Belém e desabriga no interior do Pará

“Está bem difícil trabalhar com o Ver-o-Peso desse jeito. Estou esperando a água baixar para poder colocar o peixe nas caixas. Hoje, vai demorar a mercadoria chegar em Barcarena”, desabafou Wagner Luís, que é vendedor de peixe e já trabalha há 12 anos na

“Está bem difícil trabalhar com o Ver-o-Peso desse jeito. Estou esperando a água baixar para poder colocar o peixe nas caixas. Hoje, vai demorar a mercadoria chegar em Barcarena”, desabafou Wagner Luís, que é vendedor de peixe e já trabalha há 12 anos na feira.

Wagner se referiu ao alagamento que se formou por todo o canto do local turístico, além das principais ruas do Centro Comercial. A começar pela Pedra do Peixe. A reportagem conversou com o vendedor por volta de uma 1h da madrugada de ontem (22), quando a movimentação no local, entre entregadores e vendedores, que estão iniciando o trabalho do dia até os primeiros consumidores chegarem, a partir de 4h.

Por causa da maré alta mais cedo, a área do Ver-o-Peso continuava alagada ainda durante a madrugada. “Esse fenômeno da natureza é antigo aqui no Ver-o-Peso. As autoridades dão a entender que não ligam para nós trabalhadores. Muita mercadoria está molhada”, disse Ewerton Viana, autônomo.

Ainda na madrugada, a avenida Portugal parecia um rio. Diante de tanta água foi possível ver cenas lamentáveis, como por exemplo, muito lixo acumulado. Até mesmo ratos e urubus mortos boiavam.

“A gente quer atenção. Há anos imploramos para que seja feito algo pela feira, mas os dias vão passando e o que vemos é abandono”. Foram as palavras do autônomo Hélio Barros, ditas enquanto o mesmo olhava tudo em sua volta.

Ao longo do dia, a cena se repetiu no local. Por volta do meio-dia, a maré cresceu de novo, acrescida da chuva forte, que foi rápida, mas intensa o suficiente para provocar mais um dia de caos no principal cartão-postal de Belém.

Novamente as vendas foram prejudicadas e o trânsito ficou parado por algumas horas. Muita gente ficou ilhada, aguardando a diminuição da força das águas. O engarrafamento era quilométrico na Boulevard Castilhos França.


OUTROS

A situação também foi preocupante em outros locais da cidade, como na avenida Visconde de Souza Franco. O trânsito ficou complicado e os pedestres tiveram que caminhar no meio da água. Na periferia, novos transtornos. No conjunto Promorar, em Val-de-Cans, praticamente todas as ruas inundaram.

O bairro é cortado por canais, que estavam entupidos, e a maré alta colaborou para a enchente nas ruas, pegando os moradores de surpresa.

Alagamentos se multiplicam e causam prejuízos em todo o Estado. (Foto: Via Whatsapp)

Outros municípios tiveram problemas e ha desabrigados

A combinação de maré alta e fortes chuvas chegou a deixar cerca de 250 pessoas desalojadas, nos últimos dias, no município de São Domingos do Capim, na Região Nordeste do Pará. O dia de maior alagamento ocorreu na madrugada da última quinta-feira (21), quando cerca de 40 famílias acabaram tendo que sair de casa por conta da cheia. Uma campanha foi organizada para arrecadar roupas e alimentos para as famílias que ainda não conseguiram retornar para casa.

Assistente social da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), Rudá Galileu explicou que o município tem passado por um período de chuvas intensas que tem coincidido com a alta das marés, o que tem levado algumas áreas, principalmente nos bairros do Perpétuo Socorro e São Sebastião, a passar por situações de alagamentos intensos.

“O que aconteceu foi que enfrentamos uma alta muito grande dessa maré em meio à confluência dos rios Guamá e Capim”, explicou. “Quando as pessoas começaram a ver que a maré não estava baixando tão rápido, começaram a sair das duas casas e ir pra casas de amigos”.

Diante da situação, Rudá aponta que a Prefeitura do município começou a organizar o Ginásio Municipal e a própria sede da Secretaria para que pudessem abrigar as pessoas, caso necessário. Apesar da expectativa de nova maré alta nesta sexta-feira, Rudá explica que a situação em são Domingos do Capim não é de calamidade.

“Acionamos a Defesa Civil do Estado para que possam nos ajudar, mas como não se trata de uma situação de calamidade, eles virão apenas com a equipe técnica para fazer a avaliação da situação”, afirmou o assistente.

No momento, o que as famílias mais precisam são de doações de roupas, alimentos e, principalmente, água mineral. As doações podem ser realizadas no próprio município de São Domingos do Capim, no ginásio e na sede da Secretaria de Assistência Social. Fora de São Domingos, doações podem ser realizadas em Castanhal, na Secretaria de Assistência Social.

MAIS

E nos últimos dias, a mesma situação ocorreu em outras cidades. O centro de Vigia, por exemplo, ficou tomado pela enchente na quinta (21). Muitos moradores só conseguiam circular de canoa.

Já em Salinas e Marudá, a cheia tomou conta da orla, alagando casas e comércios, ontem. Na Praia do Maçarico, em Salinópolis, as ondas passaram pelas calçadas e destruindo trapiches. No Farol Velho, a força das águas também chegou à ponte de acesso à praia.

(Com informações de Sancha Luna e Cintia Magno)

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