“Eu quero que ela seja punida com os rigores da lei, mas não com a ignorância da sociedade”, disse o pai da adolescente de 15 anos que planejou incendiar a Escola Estadual Helena Guilhon, no conjunto Satélite, bairro do Tapanã, em Belém.
O homem, que terá o nome preservado por medidas de segurança, denunciou que toda a confusão com a garota teve origem em ataques e piadas opressoras por outros estudantes contra ela. Mesmo depois de afastada do colégio, a garota continuaria, segundo o pai, sendo vítima de brincadeiras de mau gosto por parte dos antigos colegas de classe. O caso é investigado pela Delegacia de Atendimento ao Adolescente (Data).
A Polícia Civil tomou conhecimento do caso na última terça-feira (19), quando a direção da escola registrou um boletim de ocorrência. No mesmo dia, uma garrafa plástica cheia de gasolina foi encontrada no banheiro feminino.
“Depois disso, a minha filha fugiu. Eu a encontrei e a levei até a diretoria. Lá já tinha policiais que queriam conduzi-la para a Data, mas eu fiz questão de levá-la à delegacia”, disse.
O pai também descobriu que o plano da menina foi arquitetado depois de uma série de ataques que ela vinha sofrendo. “A minha filha estava sendo vítima de bullying. Ela já tinha procurado a coordenadora pedagógica da escola para falar o que estava acontecendo e nada foi feito”, denunciou.
A família já tomou conhecimento de que fotos da menina foram compartilhadas nas redes sociais pelos colegas. Junto com as imagens, circula também uma suposta lista de colegas que a garota planejaria matar. “Eu quero que os pais dos outros estudantes olhem o que os filhos estão fazendo, assim como eu estou”, apelou.
Segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a aluna fez uma brincadeira ao divulgar um bilhete afirmando que tocaria fogo no banheiro. A estudante, por sugestão dos pais e concordância da direção da escola, foi transferida.
(Denilson D’almeida/Diário do Pará)
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