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O que fazer quando o ato de comprar vira compulsão?

Você conhece alguém que não resiste passar em frente a uma vitrine de loja sem levar algo para casa? A cena parece comum, mas quando o desejo por compras deixa de ser um hábito e torna-se excessivo pode ser indício de um transtorno psicológico. Como o pró

Você conhece alguém que não resiste passar em frente a uma vitrine de loja sem levar algo para casa? A cena parece comum, mas quando o desejo por compras deixa de ser um hábito e torna-se excessivo pode ser indício de um transtorno psicológico. Como o próprio nome sugere, a compulsão por compras é caracterizada por uma vontade incontrolável de comprar, o que pode desequilibrar a vida financeira da pessoa.

“Compulsão é qualquer coisa que foge do controle do comportamento e que prejudica outras áreas da vida. Na compulsão por compras a pessoa gasta mais do que poderia, prejudicando a vida financeira”, pontua o psicólogo e analista comportamental Paulo Monteiro.

O especialista explica que cada caso precisa ser avaliado individualmente, principalmente para analisar o comportamento do indivíduo e esclarecer se a pessoa tem ou não o transtorno. Contudo, a compulsão pode ser ainda uma sinalização de algum outro transtorno psicológico, como o bipolar. Isso também precisa ser avaliado pelo especialista. “O bipolar pode manter esses comportamentos, como a compulsão por comprar, podendo, num primeiro momento, manifestar a compulsão e, em seguida, a depressão”, explica.

FATORES

Para o especialista, a compulsão, em geral, esconde uma tentativa de desviar o foco de algum outro problema que a pessoa esteja vivenciando, como a depressão, o luto pela perda de um familiar ou o término de um relacionamento, por exemplo. “Cada caso precisa ser avaliado, pode ser um comportamento focal. Mas se mantém como um padrão, aí sim pode ser considerado um transtorno compulsivo”, esclarece.

“Os transtornos de forma geral são caracterizados por uma tentativa de ressignificação. Às vezes a pessoa está passando por algum problema e ela tenta mudar o foco, só que é uma solução disfuncional”, acrescenta. Segundo o psicólogo, a compulsão se equipara ao vício, que foge do controle, afeta outros campos da vida, havendo uma dificuldade para sair daquilo.

COMPULSÃO POR COMPRAS (Fonte: psicólogo e analista comportamental Paulo Monteiro)

  • É caracterizada por uma vontade incontrolável de comprar, o que pode desequilibrar a vida financeira da pessoa
  • Ser extremamente controlado é também complicado. Tentar manter sempre o equilíbrio nos dois lados
  • Ao perceber esse comportamento em você ou em alguém que conhece, a primeira orientação é tentar mudar hábitos e procurar um acompanhamento psicológico. Monitorar o próprio comportamento é uma forma de amenizar o problema, adotando algumas medidas como gastar menos, não comprar aquilo que não precise no momento e, assim, ir reduzindo o consumo gradativamente.
  • O segundo passo é quando a pessoa alcança um nível elevado de compulsão, ela pode procurar o acompanhamento psiquiátrico também

Consumo e compulsão

  • Se faz necessário diferenciar pessoas consumistas de compulsivas. Consumistas são aquelas que gostam de comprar e reserva parte do seu dinheiro para gastar consigo. Mas se a pessoa se acostuma a comprar muito e começa a passar por dificuldades financeiras, pode ser que aquilo que até então era controlado vire um descontrole.
  • Já as pessoas com perfil compulsivo precisam de terapia, pois sentem um desejo incontrolável de comprar, gerando um círculo vicioso que vai do extremo prazer à frustração e arrependimento. A recomendação é começar mudando hábitos e buscar ajuda profissional
  • No consultório, o psicólogo/psiquiatra vai avaliar o paciente para entender qual o foco real desse comportamento, o que está por trás da compulsão. O paciente passa por uma entrevista, conhecida como anamnese, na qual os profissionais vão saber como é a rotina daquela pessoa, o que aconteceu antes, o que ela sente quando compra e o que acontece depois.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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