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PARÁ

Ex-padre depõe na Lava-Jato e fala da gestão de hospitais paraenses no governo Jatene

O depoimento que o ex-padre Wagner Portugal, diretor de Relações Institucionais e de Filantropia da Pró-Saúde, deu em delação premiada à Operação Lava Jato no Rio de Janeiro sobre os contratos da Organização Social, com as administrações estaduais, está t

O depoimento que o ex-padre Wagner Portugal, diretor de Relações Institucionais e de Filantropia da Pró-Saúde, deu em delação premiada à Operação Lava Jato no Rio de Janeiro sobre os contratos da Organização Social, com as administrações estaduais, está tirando a tranquilidade do ex-governador Simão Jatene e da cúpula do PSDB que o acompanhou durante 12 anos à frente do Estado.

É que Wagner Portugal gastou grande parte de sua delação relatando informações sobre a gestão dos hospitais paraenses. Jatene deixou mais de R$ 800 milhões em contratos com a Organização Social Pró-Saúde. O governador Helder Barbalho já solicitou a análise de todos os contratos com a empresa, administrada pela Organização Social ligada à Igreja Católica.

Para quem não sabe, a Pró-Saúde é a Organização Social que mais administra hospitais públicos no Pará, incluindo os hospitais Galileu e Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém; o Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua; Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará, em Santarém; Regional Público da Transamazônica, em Altamira; Regional do Sudeste do Pará, em Marabá; Materno Infantil de Barcarena e Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, em Icoaraci.

CONTRATO

Só o contrato do Hospital Regional Abelardo Santos, na vila Icoaraci, assinado em 1º de agosto de 2018, às vésperas do fim de mandato de Jatene, com vigência até 2023, tem o valor de R$ 661 milhões. Ou seja, a Pró-Saúde deveria receber quase R$ 11 milhões por mês até o fim do contrato.

Mesmo sem estar concluído, sua inauguração foi antecipada, provavelmente para validar a contratação e incrementar campanha do deputado Márcio Miranda (DEM), candidato de Simão Jatene ao governo do Estado em 2018. No entanto, a inauguração foi cancelada pela Justiça a pedido do Ministério Público.

O CASO

O ex-padre Wagner Augusto Portugal, um dos colaboradores da Operação S.O.S., desdobramento da Lava Jato no Rio, confessou sua participação no desvio de R$ 52 milhões dos cofres estaduais envolvendo contratos da Secretaria de Estado de Saúde do Rio com a organização social católica Pró-Saúde em 2013.

CONTRATOS

A Pró-Saúde tem no Pará contratos assinados pelo ex-governador Simão Jatene em valores superiores a R$ 800 milhões até 2023. Todos estes contratos estão sendo reavaliados pela equipe do novo governador do Pará, Helder Barbalho.

Quem é Wagner Portugal?

De acordo com informações publicadas na Revista Época, Wagner Portugal acompanha os passos do ex-arcebispo de Belém, Dom Orani Tempesta, desde que ele foi eleito bispo da Diocese de São José do Rio Preto, em São Paulo, em fevereiro de 1997.

A revista da editora GLOBO revela que a entrada de Wagner Portugal nos negócios com a saúde pública através da Pró-Saúde, de acordo com investigadores da Lava Jato, ocorreu em “Belém, no Pará, quando o cardeal atuava como arcebispo da capital paraense” a partir de 2004 . De acordo com a Revista Época, apoiado por Dom Orani, Portugal assumiu a gestão de seis hospitais públicos paraenses, coincidentemente mesmo período do primeiro governo de Simão Jatene, eleito em 2002.

A Revista Época informa ainda que Wagner foi afastado do sacerdócio pelo Vaticano por desobediência, a pedido do bispo de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira.

A força-tarefa da Lava Jato, segundo a Época, ainda busca conexões entre o dinheiro desviado e a vida pessoal de sacerdotes ligados à Pró-Saúde. As investigações apuram se compras de roupas, artigos religiosos, refeições e viagens aéreas, incluindo voos fretados, foram ou não pagas com dinheiro da corrupção.

INVESTIGAÇÕES

As investigações garantem, de acordo com revista da Editora Globo, que não há indício até agora do envolvimento direto de Dom Orani no esquema, como insinuou o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, nem de que ele soubesse que suas despesas fossem bancadas por dinheiro desviado de contratos públicos.

(Mauro Neto)

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