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Pode chegar, freguês! Aqui tem qualidade e muita história pra contar

Eles resistem ao tempo e ao crescimento da cidade. São responsáveis por alimentar, todos os dias, boa parte da população. São os trabalhadores das feiras livres de Belém, que estão praticamente em todos os bairros da capital e da Região Metropolitana. E c

Eles resistem ao tempo e ao crescimento da cidade. São responsáveis por alimentar, todos os dias, boa parte da população. São os trabalhadores das feiras livres de Belém, que estão praticamente em todos os bairros da capital e da Região Metropolitana. E como a concorrência é grande, só ter produtos de qualidade não garantem as vendas. Por isso, muitas vezes, eles tentam conquistar o cliente com muito bom humor.


Suzilene trocou um emprego de carteira assinada pela venda na feira de São Brás (Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)

“Todos os dias acordo três horas da manhã”, diz o feirante João Vidal, 43 anos. Assim começa a rotina diária de trabalho dele na feira da Cremação. Mesmo estando de pé muito antes de o sol raiar, ele não perde o bom humor. A simplicidade e a forma de atrair e abordar o freguês foram herdados da mãe, que também trabalhou vários anos no local. “Tem que ter jogo de cintura, ser cordial e claro, não pode faltar animação. Se você é feirante e vive de mau humor, é melhor ficar em casa”, afirma.

Em São Brás, uma trabalhadora chama a atenção de quem passa por ali. O alvo preferencial dela são os torcedores do time rival, o Paysandu. Como boa remista, ela não dispensa uma “encarnação”. As palavras altas e o sorriso fácil atraem olhares curiosos por todo o espaço. Após decidir trocar o emprego de carteira assinada em uma grande empresa brasileira de varejo pelo trabalho informal, Suzilene Chaves, 49, ainda é muito questionada.

“Já tentei trabalhar em outras áreas, mas o clima da feira é algo que faz parte de mim. Quando criança eu corria entre as barracas enquanto minha mãe trabalhava aqui”, lembra. Com os olhos cheios de lágrimas, ela conta que todas as conquistas que teve até hoje foram alcançadas através das vendas de sua barraca de verduras e legumes. “Hoje, com todas as dificuldades eu estou feliz. Consegui dar suporte nos estudos da minha filha e esse mês ela está formando em ciências contábeis. Todos os dias antes de ir trabalhar ela passa por aqui para lembrar que essa oportunidade foi dada graças a esse espaço”, comentou.


Maria Eudina e André se conheceram no trabalho e agora enfrentam o trânsito até o Telégrafo juntos (Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)

Já na Pedreira, até a tecnologia ajuda na hora de vender os produtos. Nildo Moreira, 40, afirma que o “pegar o cliente no grito”, já não faz parte de sua realidade. Ele aderiu às redes sociais. Basta chegar a mensagem em um aplicativo de texto contendo uma lista de pedidos, que Nildo corre para separar os produtos e levar até o freguês, que confia sempre no que vai receber quando a sacolinha for entregue em sua casa. “O celular está sendo um grande parceiro do meu negócio. Através dele eu consigo dar esse diferencial no atendimento, consigo agregar e transmitir segurança aos meus clientes. Mas os que também vêm até aqui, ganham um atendimento todo especial”, garante Nildo.

A jornada cansativa ainda consegue embalar grandes histórias entre as pessoas que dividem o mesmo espaço. André Augusto, 46, e Maria Eudina, 32, se conheceram na feira do Telegrafo. Filha de feirante, Maria começou a trabalhar desde cedo com o pai. O casal que mora no distrito de Outeiro enfrenta todo dia mais de 25 km até chegar ao ponto de trabalho. “Saber atender, dialogar e brincar com os clientes e essencial para quebrar o clima e fazer com que saiam satisfeitos e sacolas cheias”, afirmou Maria.

(Wesley Costa/Diário do Pará)

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