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Cantora deixa o Irã e volta ao Brasil para reconstruir sua vida

A primeira vez que ela sentiu que renasceu foi após ser atropelada por um ônibus, aos 14 anos. Perdeu a perna esquerda, porém acordou do coma e aprendeu a viver bem com uma prótese. Anos depois, a iraniana Mah Mooni, 37, renasceu pela segunda vez quando c

A primeira vez que ela sentiu que renasceu foi após ser atropelada por um ônibus, aos 14 anos. Perdeu a perna esquerda, porém acordou do coma e aprendeu a viver bem com uma prótese. Anos depois, a iraniana Mah Mooni, 37, renasceu pela segunda vez quando chegou ao Brasil, em 2012. Desta vez, o que ganhou foi liberdade: de se vestir e usar o cabelo como quer sem ser parada pela polícia, de rir e dançar em público. Principalmente, de exercer sua profissão.

Mah Mooni é cantora e, no Irã, enfrentava as restrições impostas a artistas mulheres. Não podia tocar instrumentos, apresentar-se na TV ou no palco. Tinha de se contentar em ser backing vocal de homens ou cantar em um coral com várias participantes. “O Irã tinha muitas cantoras famosas antes da Revolução [Islâmica, que transformou o país em uma república teocrática, em 1979]. Depois, a música parou por uns sete ou oito anos, até que os homens voltaram a cantar, mas sem as vozes femininas”, conta. “Agora, muitas jovens querem ser cantoras, mas precisam se esconder. A mulher não pode se apresentar sozinha, sua voz não pode aparecer mais do que a do homem”, completa.

Cansada de tudo isso, Mah Mooni deixou Teerã em busca de um ambiente melhor para sua vida e sua carreira. Veio com o marido, Ali Entezari, 41, que já tinha conhecido o Brasil e gostado do que viu. “As pessoas não deixam seus países fugindo apenas de guerras, da fome. O Irã é um país rico, mas não temos liberdade”, afirma a cantora.

Ela lembra as situações pelas quais passou desde criança. Não podia andar de bicicleta ou de moto, rir alto na rua, ir a estádios. Era parada frequentemente pela polícia da moral, que supervisiona as vestimentas femininas. “Tem muçulmanas que gostam de viver assim, mas para muitas de nós é uma grande opressão.”

(FolhaPress)

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