plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 25°
cotação atual R$


home
NOTÍCIAS PARÁ

Flanelinhas 'privatizam' vagas pelas ruas de Belém

Conseguir uma vaga para estacionar em Belém em horário comercial está cada vez mais difícil, e se a busca for no centro da cidade, é mais difícil ainda. Aproveitando-se dessa dificuldade, muitos flanelinhas burlam a lei e praticam a famosa “reserva” de va

Conseguir uma vaga para estacionar em Belém em horário comercial está cada vez mais difícil, e se a busca for no centro da cidade, é mais difícil ainda. Aproveitando-se dessa dificuldade, muitos flanelinhas burlam a lei e praticam a famosa “reserva” de vagas. Conhecida entre quem transita de carro pela cidade em horários de pico, a prática consiste em combinar com alguém a reserva de uma ou mais vagas para pessoas que costumeiramente precisam estacionar naquele local.

Ontem pela manhã, o DIÁRIO flagrou diversos casos na Cidade Velha, onde há uma grande concentração de comércios e órgãos públicos. Para efetivar a reserva, o “vendedor” de vagas usa cone, cadeira, cavalete e até o próprio veículo. Em frente ao prédio do Ministério Público do Estado, um flanelinha guarda vagas com cone até em espaços que, conforme está marcado no chão, deveria ser ocupado por cadeirantes. Mas, ao contrário, qualquer veículo estaciona no local, pagando adiantado para colocar o carro.

Logo à frente, às proximidades do Fórum Cível e da Assembleia Legislativa, os flanelinhas foram flagrados reservando duas vagas com cavaletes de ferro. Segundo os comerciantes da área, a reserva é para os servidores dos órgãos do entorno, uma prática que, segundo eles, “sempre existiu e que já se repete há anos”. Na mesma rua, em frente a um comércio, novamente a via pública fica interditada para vagas reservadas a funcionários. Enquanto isso, dezenas de motoristas que desejam estacionar ficam parados em fila dupla por indisponibilidade de vaga.

CELULAR

De acordo com o Trânsito de Código Brasileiro (CTB) é proibido criar obstáculo para o trânsito de veículos. A lei, no entanto, é ignorada. Um flanelinha que já atua na área há quase 40 anos diz que há motoristas que combinam a reserva pelo celular. Tem outros que nem precisam ligar antes, já são velhos conhecidos e por isso tem a vaga garantida diariamente. “Tem gente que paga de R$ 2 a R$ 5 por dia. É um bom negócio”, diz o mesmo.

No bairro do Marco, em uma rua entre as avenidas Almirante Barroso e João Paulo II, eles chegam a tirar os carros já estacionados para que os “clientes” coloquem os seus veículos em locais privilegiados. Um desses motoristas, que não quis se identificar, disse que paga todos os dias para ficar em frente ao trabalho. “O flanelinha já me conhece, sabe que vou pagar antecipado, então quando chego ele dá um jeito”, relata.

SEMOB

Em nota, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informou que não é competência do órgão fiscalizar o trabalho informal de flanelinhas ou guardadores de carros. “Caso seja constatada a obstrução de via pública por cones, cavaletes ou qualquer outro objeto, o agente de trânsito pode apenas fazer a desobstrução do local e advertir o responsável”, informou. A Semob diz, ainda, que mantém fiscalização constante na área para combater irregularidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro.

(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Pará

Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias