Após DNA, corpo de PM queimado em Ananindeua é liberado pelo IML

Quase uma semana após o crime, o corpo do sargento da Polícia Militar, José Nazareno Barbosa, foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), na manhã desta terça-feira (15).

De acordo com o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, o resultado do exame de DNA confirmou que o corpo encontrado carbonizado dentro do quitenete, na avenida Dom Vicente Zico, Cidade Nova 7, em Ananindeua, trata-se do sargento José Nazareno Barbosa. O exame atestou compatível com o material coletado de parentes do militar.

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Em relação à causa da morte do policial militar, o laudo de exame necroscópico sairá assim que forem concluídos os exames complementares pelo instituto de criminalística, segundo a equipe médica do Instituto Médico Legal.

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O corpo foi liberado à família às 9h de hoje.

Relembre o caso

O corpo do 3° Sargento da PM foi encontrado carbonizado após um incêndio na casa dele, ocorrido no fim da noite do dia 9 de janeiro, na Arterial 18, na Cidade Nova, em Ananindeua. A residência, localizada nos altos de uma borracharia, ficou totalmente tomada pelo fogo.

O 3º sargento Barbosa era comandante do 134º Posto Policial Destacado de Vila Betel, localidade que faz parte do município de Rio Maria, sudeste paraense, circunscrição do 17º Batalhão da PM, com sede no município de Xinguara. O militar integrava a corporação há 22 anos e estava de férias em Belém.

O autor do crime contra o sargento, Jefferson Wallace Lopes Braga, 18 anos, foi preso, no dia 11 de janeiro, após se entregar na Delegacia de Mocajuba, nordeste do Pará.

Em depoimento, o preso confessou a morte do policial e também admitiu que provocou o incêndio na residência da vítima para tentar apagar as provas do crime. Jefferson vai responder por latrocínio (pois a arma e objetos pessoais da vítima sumiram da casa); incêndio criminoso; destruição de cadáver e fraude processual pelo fato de tentar prejudicar as investigações ao queimar a casa. Jefferson já está recolhido em uma Unidade vinculada à Secretaria do Sistema Penitenciário à disposição da Justiça para passar por audiência de custódia.

CRIME PASSIONAL

Ao ser preso, Jefferson confessou a autoria do crime e admitiu que mantinha uma relação amorosa com o policial militar desde o Réveillon. Segundo versão do acusado, na noite do crime, ele estava na casa com o sargento.

A vítima teria dito ao acusado que gostaria de manter relações sexuais na condição de ativo, o que não foi aceito pelo parceiro. Diante da recusa, conforme o acusado, o PM teria começado a coagir o acusado apontando uma arma na direção de sua cabeça, o que fez com que Jefferson aceitasse manter a relação sexual.

Após isso, ainda segundo Jefferson, a vítima saiu do quarto e caminhou até a sala do imóvel. Jefferson foi atrás do sargento e passou a discutir com ele. Em seguida, ele teria pego a arma do militar e feito o disparo na cabeça da vítima que morreu na hora.

O acusado alega que pegou diversas roupas da vítima e as jogou sobre o corpo e, em seguida, espalhou perfume no local e ateou fogo.

Em seguida foi até o quarto e realizou o mesmo procedimento para, segundo ele, apagar qualquer vestígio do crime para que não descobrissem que a vítima havia sido morta por disparo de arma de fogo. Após o crime, Jefferson alega ter fugido para um hotel, em Ananindeua, onde pernoitou, e, no dia seguinte, retornou para Mocajuba, onda mora.

(DOL)