O valor do preço do gás de cozinha não está nada atrativo para quem trabalha no ramo de alimentação, em Belém. Donos de restaurantes e autônomos que mantêm pontos de vendas de comidas típicas pelas ruas sentem no bolso o valor que precisam desembolsar.
A opção encontrada pelo proprietário de restaurante Cleiton Freitas, 35, para economizar e tentar não repassar para o consumidor o reflexo do aumento foi alterar o horário de funcionamento do balcão-térmico que mantém os alimentos aquecidos.
“Antes a gente ligava bem cedo, mas agora optamos por deixar desligado até a hora que se aproxima almoço e os clientes começam a chegar”, revelou.
Proprietário há mais de 30 anos de um box que oferece refeições dentro do Mercado Municipal de Carnes Francisco Bolonha, Nazareno Cardoso, 61, tem um gasto estimado em R$ 680 por mês com botijões de gás.
A alternativa adotada por ele para economizar foi pechinchar. “Aqui eu gasto dois botijões de gás por semana, e como sempre compro de um mesmo fornecedor, ele me repassa com desconto”, contou. Segundo ele, essa foi uma forma para amenizar e não prejudicar os clientes que, em sua maioria, são trabalhadores da área comercial.
Outro aspecto a ser levado em consideração é o local onde o gás é adquirido, segundo Rosivan Rocha, 29, entregador de botijões. “Os depósitos trabalham com vários valores, mas em algumas situações, depósitos clandestinos compram dos autorizados, e na hora de vender repassam com o valor mais caro para o consumidor”.
Em 2018, o valor do gás de 13 kg ficou 7,69% mais caro no Pará, segundo o Dieese, que com base em dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Em Belém, o preço médio foi de R$ 66,93, em dezembro, com variação entre R$ 65 e R$ 85. Xinguara foi o município paraense que comercializou o botijão de cozinha mais caro: R$ 96,86.
(Wesley Costa/Diário do Pará)
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