Com obra inacabada, inauguração do Abelardo Santos é oficialmente cancelada pelo Governo

A inauguração do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, localizado em Icoaraci, distrito de Belém, que seria realizada na manhã desta sexta-feira (28), foi oficialmente cancelada pelo Governo do Estado do Pará, após ter sido barrada pela Justiça paraense por estar inacabada e sem condições de funcionamento. A liminar que impediu a inauguração foi deferida nesta terça-feira (25).

A decisão da desembargadora plantonista Vania Fortes Bitar, que suspendeu o evento, foi baseada em mandado de segurança coletivo com pedido de liminar de autoria do Partido Humanista Solidariedade (PHS).

O PHS alegou, no mandado, que não havia qualquer possibilidade de funcionamento do hospital e que a inauguração era, na verdade, uma “propaganda com fins eleitoreiros, de cunho eminentemente pessoal, objetivando vincular a obra à pessoa do atual Governador do Estado e à sua gestão, em total desrespeito aos princípios e deveres impostos à Administração Pública e ao Gestor Público, criando, com o ato de inauguração, inclusive, um gasto ilegal e completamente desnecessário”.

Ao acatar o pedido liminar, a desembargadora também determinou que fosse realizada uma inspeção judicial para averiguar as condições das obras e de funcionamento operacional e técnico do Hospital Abelardo Santos.

Ainda segundo o PHS, a equipe de transição foi impedida pelo atual secretário de Saúde de inspecionar a obra, “fato esse que demonstra a existência de fortes indícios acerca da incompletude da obra e da impossibilidade técnica de operacionalização do Hospital, seja por falta de servidores, de materiais de expediente ou de equipamentos afins”.

Governo também queria lançar obra inacabada em Capanema

Antes de tentar inaugurar o hospital Abelardo Santos, a gestão de Simão Jatene já havia tentado, em fim de mandato, inaugurar o Hospital Regional Público dos Caetés, em Capanema, no último sábado (22).

O evento do hospital foi cancelado por decisão da desembargadora plantonista Nadja Nara Cobra Meda, que considerou o ato do governador uma propaganda exclusivamente pessoal, visando vincular a obra à pessoa dele e à gestão, que está acabando.

Obra inacaba do hospital público em Capanema. Foto: Sidney Oliveira/Agência Pará

A ação que solicitou o cancelamento foi protocolada pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS) e foi acompanhada de imagens de uma vistoria realizada pela equipe de transição, detectando a obra inacabada.

Segundo o PHS, apenas seriam inauguradas a recepção e enfermarias, mas o restante dos setores do prédio estariam longe de serem concluídos.

(DOL com informações de Diário do Pará)