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Fé e cultura para celebrar São Benedito

A 220ª Festividade de São Benedito, em Bragança, chegou ao seu auge ontem (26), com extensa programação, que iniciou ao amanhecer e foi até o final da noite, quando a marujada deu um abraço simbólico na Igreja de São Benedito, encerrando mais um ciclo da

A 220ª Festividade de São Benedito, em Bragança, chegou ao seu auge ontem (26), com extensa programação, que iniciou ao amanhecer e foi até o final da noite, quando a marujada deu um abraço simbólico na Igreja de São Benedito, encerrando mais um ciclo da manifestação. Este ano, representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) participaram do evento que está em processo de estudo para reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, investimento que conta com o custeio através de emenda do senador Jader Barbalho.

Imagem de São Benedito foi seguida por uma multidão por várias ruas de Bragança (Foto: Marco Santos/Diário do Pará)

A programação de ontem começou pouco antes das 6h, com café da manhã servido na casa da “capitôa” da marujada, que é a autoridade máxima da manifestação. De lá, a marujada seguiu em cortejo até a Catedral de Nossa Senhora do Rosário, onde era aguardada pelos juízes da festividade, Marina Gardunho e Mário Ribeiro Júnior, que ingressaram no cortejo em direção ao Largo de São Benedito, onde foi realizada a primeira missa campal do dia, celebrada pelo pároco da Catedral de Nossa Senhora do Rosário, padre Raimundo Elias.

Após a missa começaram duas programações paralelas: a dança da marujada, no Teatro Museu da Marujada, e o Leilão do Santo, no Salão Beneditino. Após a dança matinal, a marujada seguiu em cortejo para uma casa de eventos onde foi realizado o almoço oferecido pela juíza da festividade para, em seguida, às 16h, ter início a procissão que este ano teve seu percurso alterado e passou pelo bairro do Riozinho.

Embora o trajeto tenha aumentado, a procissão chegou ao final, no horário habitual, às 18h40, quando teve início outra missa campal, no Largo de São Benedito, esta celebrada pelo bispo da Diocese de Bragança, Dom Jesus Maria. Às 20h, a dança foi retomada no Teatro Museu da Marujada até às 23h30, quando marujas e marujos saíram novamente em cortejo em direção à Igreja de São Benedito, onde dançaram a roda, ao redor do templo e dando o tradicional abraço simbólico, encerrando mais uma festividade.


O governador eleito Helder Barbalho e o vice eleito Lúcio Vale participaram das homenagens (Foto: Marco Santos/Diário do Pará)

PROCISSÃO

O governador eleito do Pará, Helder Barbalho, e o vice eleito Lúcio Vale assistiram à procissão no pátio do Instituto Santa Teresinha. “Sempre que é possível venho à Festividade de São Benedito, evento marcado pela fé e pela cultura, pela qual tenho enorme admiração. Desejo que São Benedito derrame muitas bênçãos, trazendo paz e muita saúde a todos os bragantinos e que essa bela manifestação que já tem mais de dois séculos se repita por muitos e muitos anos”, disse Helder.

Lúcio Vale, que morou em Bragança na infância, disse que o município é especial para ele e que a marujada faz parte da sua memória afetiva. “É sempre uma emoção grande rever tudo isso que fez parte da minha infância junto com a minha família e amigos de longa data aqui em Bragança, lugar pelo qual tenho um apreço muito especial. Bragança está de parabéns, mais uma vez, por tanta beleza e por tamanha fé demonstrada pelo seu povo”.


(Foto: Marco Santos/Diário do Pará)

Manifestação pode virar patrimônio cultural do Brasil

O superintendente do Iphan no Pará, Ciro Lins, acompanhou atentamente a programação. Ele informou sobre os estudos que estão sendo feitos, por meio de parceria entre o Iphan e a Universidade Federal do Pará (UFPA), para que a manifestação possa ser reconhecida como patrimônio cultural. “Há alguns anos, a Irmandade de São Benedito da Marujada de Bragança entrou com um pedido junto ao Iphan solicitando o reconhecimento e registro da manifestação como Patrimônio Cultural do Brasil, uma vez que já há esse reconhecimento em âmbito municipal e estadual”, afirma.

“Para que haja tal reconhecimento, o primeiro passo é que a gente faça um inventário de referências culturais da marujada. Com os recursos no valor de R$ 200 mil, viabilizados através de emenda parlamentar do senador Jader Barbalho, foi possível dar início aos estudos”, afirma, ao dizer que os trabalhos estão sendo realizados pelos pesquisadores da faculdade de História, da UFPA, que serão submetidos à avaliação do Conselho do Patrimônio Cultural.

“A marujada tem um grande potencial a ser reconhecido, porque agrega vários elementos de uma celebração popular. Trata-se de uma celebração religiosa, mas que transcende muito os aspectos religiosos. Há todo um complexo cultural em torno da manifestação. Por isso, acredito que há muitas chances de ser reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil”, completou o superintendente. “Esse é um antigo sonho de todos nós que fazemos a marujada de Bragança e queremos ver esse sonho realizado”, disse o presidente da irmandade, João Batista Pinheiro.

(José Clemente Schwartz/Diário do Pará)

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