Blitz da Semutran acaba em confusão e denúncias de agressão; veja vídeo

Um vídeo que circula nas redes sociais paraenses mostra o momento em que um policial militar - ainda não identificado - retira uma motocicleta de cima de um guincho que estava sendo utilizado em uma blitz da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito de Ananindeua (Semutran), na manhã desta quinta-feira (20). A condutora da moto seria esposa do PM e teria sido agredida por um agente da Semutran durante a abordagem.

De acordo com informações de fonte do Diário Online, o fato ocorreu na rodovia Mário Covas, no bairro Jibóia Branca, em Ananindeua. A condutora da moto, que é funcionária de um supermercado, estava indo para o trabalho quando passou pela blitz que, segundo ela, ainda estava sendo montada pela Semutran.

Já distante da barreira da blitz, ela alega que foi abordada por policiais militares que estavam na fiscalização e por um agente da Semutran. O funcionário da secretaria de trânsito teria empurrado a condutoraa da moto, e ela caiu em uma vala, ferindo diversas partes dos membros superiores e inferiores.

Além dos empurrões, a condutora afirmou que o agente ainda a teria ofendido, afirmando que ela seria “mulher de vagabundo” e que a moto seria “roubada”. O funcionário do guincho também teria ofendido a condutora, além de reter o veículo.

A mulher conseguiu ligar para o marido, que é policial militar, e o PM chegou ao local. Houve discussão entre o policial e o agente da Semutran.

Em um momento de revolta, o PM tira a motocicleta de cima do guincho, cena que foi filmada e amplamente compartilhada nas redes sociais.

O caso foi registrada na Seccional da Cidade Nova.

Posicionamento

Por meio de nota, a Prefeitura de Ananindeua afirmou que "uma blitz estava sendo realizada na manhã desta quinta feira, 20, na Rodovia Mário Covas, onde agentes de trânsito e a Polícia Civil fizeram uma abordagem de fiscalização para uma motocicleta e foi constatado algumas irregularidades, entre elas o licenciamento do veículo que estava atrasado desde 2011, além da ausência de espelhos retrevisores que são itens obrigatórios de qualquer veículo de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro. Diante dessas infranções tornou-se obrigatório o recolhimento do veículo por meio do seu guinchamento".

"Logo após o recolhimento apareceu um senhor que se identificou como esposo da condutora e policial militar. O mesmo realizou ameaças aos agentes de trânsito e fez a retirada a força do veículo que já estava sobre o guincho, que inclusive estava com uma sua arma na cintura, mesmo diante de uma guarnição da Polícia Militar que acompanhava a ação de fiscalização, e que em nenhum momento agiu com violência contra o cidadão", continua a nota.

"Após isso, os agentes de trânsito foram a seccional da Cidade Nova e fizeram o Boletim de Ocorrência e logo após, se dirigiram a corregedoria da PM para denunciar os fatos relacionados ao ato deste senhor e a falta de ação da guarnição da PM. A Semutran reforça que em nenhum momento agiu com violência contra a condutora e seu esposo e que apenas efetivou ações relacionadas ao ato de abordagem normal usados blitz. A Semutran ressalta que, infelizmente, muitos condutores não respeitam as leis de trânsito e, mesmo assim, tomam atitudes desrespeitosa perante os agentes fiscalizadores", concluiu a Semutran no texto.

(DOL)