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Museu do Marajó fecha as portas

Uma vistoria técnica realizada pelos militares do Corpo de Bombeiros Militar, pela equipe do 18º Grupamento de Salvaterra apontou falhas na estrutura e na prevenção a incêndios no prédio do mais importante museu da região marajoara, o Museu do Marajó. Dia

Uma vistoria técnica realizada pelos militares do Corpo de Bombeiros Militar, pela equipe do 18º Grupamento de Salvaterra apontou falhas na estrutura e na prevenção a incêndios no prédio do mais importante museu da região marajoara, o Museu do Marajó. Diante do diagnóstico, a instituição está fechada à visitação desde o último dia 14, e sem previsão de reabertura.

O laudo dos bombeiros indica falhas no sistema de prevenção a incêndios, risco de curtos-circuitos por conta de vazamento nos telhados, falhas no piso que podem indicar danos estruturais aos prédios, inaugurado em 1987. Os bombeiros orientaram que fosse feito um trabalho de reforma e adequação às normas, com a correção das paredes rachadas, ajustes no telhado e melhoria na disponibilidade de extintores de incêndio e saídas de emergência. “O museu está apenas com as visitas suspensas temporariamente, para que possamos fazer este trabalho de adequação interna, que vai garantir a segurança do nosso acervo e das pessoas que nos visitam”, afirmou o presidente da instituição, Eduardo Portal.

A visita dos bombeiros teria sido provocada pela própria administração do Museu, a partir de uma solicitação de esclarecimentos feitas pelo Ministério Público do Estado sobre as condições do local. “Buscamos uma resposta técnica, como diretoria, acionando os bombeiros, que são as autoridades adequadas para este tipo de situação”, disse Eduardo Portal.

O presidente do Museu do Marajó ainda chama a atenção para a necessidade de mais parcerias com entidades e órgãos que possam ser solidários ao Museu neste investimento, pois a instituição não teria os recursos disponíveis para fazer as adaptações em curto espaço de tempo, permitindo que o espaço seja logo liberado para visitação pública. “Qualquer pessoa pode contribuir com este nosso trabalho de reforma”, diz Eduardo Portal.

Apesar de ter tido sua importância e trabalho referendados inclusive pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-Iphan, que concedeu ao Museu do Marajó o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade em 1997 - por desenvolver um trabalho de valorização e resgate da história cultural e natural da Ilha do Marajó, com a colaboração da população local -, o Museu não tem nenhuma fonte de orçamento permanente além das mensalidades de R$ 3 pagas por seus 465 sócios – nem sempre adimplentes – e da renda de portaria, com ingressos cobrados a R$ 2 e R$ 1, para adultos e crianças, respectivamente.

“Contamos com a ajuda apenas da prefeitura do município, que nos repassa um salário mínimo como ajuda de custo para o pagamento da conta de energia, e que nos cede os cinco funcionários que trabalham no museu, dois vigilantes e três serventes”, diz a primeira secretária da Associação do Museu do Marajó, Maria José Gama, que calcula que o museu gaste hoje cerca de R$ 5 mil para manutenção mensal. “Claro que o ideal seria muito mais do que isso, mas não temos esse cálculo, até porque a gente sempre trabalha no vermelho”.

Segundo Maria José, até a semana que vem a instituição, com apoio de engenheiros da Prefeitura Municipal de Cachoeira do Arari, está fazendo o levantamento dos custos das reformas emergenciais necessárias. Depois disso, deve buscar ajuda da sociedade, possivelmente a partir de uma campanha de financiamento coletivo.

Interativo muito antes de virar moda

O Museu do Marajó foi idealizado pelo padre italiano Giovanni Gallo, e nasceu informalmente em 1972, na cidade de Santa Cruz do Arari. Em 1983, depois que foi criada uma associação para administrá-lo, ele ganhou o nome de Museu do Marajó, e passou à cidade de Cachoeira do Arari. O espaço foi aberto ao público no ano seguinte, como um projeto de salvaguarda da cultura marajoara, e estímulo ao desenvolvimento local e, desde 1987, funciona no prédio atual.

De acordo com Maria José Gama, são mais de 750 metros de área construída, divididos em sete prédios: a área expositiva, a reserva técnica, a antiga residência do padre Giovanni, que hoje abriga o acervo pessoal dele e a biblioteca do museu, a escola de música, e a fazendola, atualmente cedida à Banda de Música João Viana. Seu acervo reúne a história do povo marajoara e seus modos de vida, com peças originais da cerâmica produzida pelos índios, muitas histórias, artefatos, equipamentos e utensílios usados por indígenas, caboclos e também durante o processo de escravatura nas fazendas da região, mas ganhou fama por apresentar isso de forma lúdica aos visitantes, com uma mostra interativa, usando “computadores caboclos” .

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(91) 98491-8707 e 98427-6773

(Dário Pedrosa e Aline Rodrigues)

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