Construída para ser um espaço do desfile oficial das escolas de samba de Belém e palco de outras manifestações culturais, a Aldeia Amazônica Davi Miguel, no bairro da Pedreira, em Belém, é o retrato do abandono. A edificação está com a pintura deteriorada, paredes pichadas e, em vários pontos, o telhado está descoberto, principalmente nos altos dos prédios centrais onde ficam os camarotes e áreas que poderiam ser consideradas “vips”.
Passarela que dá acesso aos dois lados da Aldeia esta comprometida com a estrutura enferrujada (Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)
Quem caminha ao redor da estrutura sente o forte odor de fezes e urina. Isso porque o espaço acaba sendo usado muitas vezes como banheiro. “Há muitos anos que a Aldeia está assim, nesse estado. Eu espero que para o carnaval de 2019 sejam feitas melhorias porque, do jeito que está, ninguém virá prestigiar as nossas escolas de samba”, comentou a estudante Michele Gouveia, de 24 anos.
Ela mora próximo da Aldeia Amazônica e lamenta que o espaço não tenha sido mais utilizado para manifestações culturais, como era antes. O desfile oficial das escolas de samba voltará a ser realizado na Pedreira, conforme a Prefeitura de Belém e a Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial já confirmaram.
Sujeira toma conta do espaço público que sem proveito serve como abrigos a moradores de rua e dependentes químicos (Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)
Contudo, para o vendedor ambulante Clebson Machado, 34, as apresentações só poderão ocorrer depois de uma reforma na Aldeia Amazônica. “Do jeito que está não tem condições. Está muito sujo e é preciso verificar o estado das estruturas dessas passarelas que sofrem com a ação do tempo (sol, chuva)”, comentou.
Clebson aproveita os eventos na Aldeia Amazônica para ganhar uma renda extra. “Pagamos uma taxa para a prefeitura para instalarmos nossas barracas e o que a gente quer é o mínimo de retorno para trabalharmos em condições saudáveis”, disse.
RESPOSTA
Em nota divulgada na semana passada, a Prefeitura de Belém informou que fez o levantamento das necessidades de obras estruturais e de manutenção da Aldeia Amazônica. Segundo a nota, os trabalhos deverão começar em janeiro e ser concluídos antes do período carnavalesco.
(Denilson D’Almeida/Diário do Pará)
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