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Você sabia que seu pet pode ter câncer de pele? Saiba sobre a doença

Durante este mês é realizada a campanha “Dezembro Laranja”, que busca prevenção contra o câncer de pele. Mas você sabia que seu animal também pode ter a doença? Muitas tutores não sabem e, com isso, não procuram atendimento especializado para o pet, por f

Durante este mês é realizada a campanha “Dezembro Laranja”, que busca prevenção contra o câncer de pele. Mas você sabia que seu animal também pode ter a doença? Muitas tutores não sabem e, com isso, não procuram atendimento especializado para o pet, por falta de informação. Então o “Papo de Pet” desta semana entrevistou o médico veterinário Marcello Monte Santo para explicar as causas, cuidados e como prevenir a doença.

O câncer de pele é uma neoplasia maligna, que tem a capacidade de provocar metástase no animal (disseminação do câncer para outros órgãos do corpo), e, normalmente é silenciosa, aparecendo quando já está em estágio avançado. Extremamente agressiva, a doença pode deixar o animal bastante debilitado em sua fase final. Vale ressaltar que a principal causa da doença, assim como nos humanos, é a exposição ao sol.

De acordo com o médico veterinário Marcello Monte Santo, a doença é mais comum em cachorros, tendo uma predisposição para as raças Terries, Poodle, Cocker, Pastor Alemão, Boxer, Rotweiller e Labrador e, assim como nos seres humanos, os animais com pelagem mais clara estão mais propícios a desenvolverem esse tipo de doença.

O médico veterinário Marcello Monte Santo falou sobre a doença, cuidados e prevenção. (Foto: arquivo pessoal)

“Devido à gravidade da doença, é importante que os tutores sempre fiquem alertas para qualquer sinal diferente que o animal possa dar, procurando um médico veterinário, que irá solicitar biópsia e outros exames complementares. O quanto antes a doença for descoberta, maiores são as chances de ser tratada”, afirma Marcello Monte Santo, que completa dizendo que o tratamento pode ser através de uma intervenção cirúrgica, quimioterapia, radioterapia e/ou eletroquimioterapia.

SINTOMAS

Entre os principais sintomas do câncer de pele estão protuberâncias no nariz e patas, pele mais grossa, feridas que não fecham, nódulos avermelhados que podem sangrar, falta de apetite, entre outros. Durante o dia-a-dia, quando for fazer carinho ou dar banho no animal, é importante verificar se ele apresenta algum dos sintomas.

COMO PREVENIR O CÂNCER DE PELE EM CÃES

Marcello alerta que é importante não deixar o animal exposto ao sol. “Se o animal fica no quintal da residência, por exemplo, é importante sempre ter uma área coberta e bem arejada”, detalha.

TUTORES FALAM SOBRE O CÂNCER DE PELE

A empresária Etiene Chucre conta que viveu a experiência da doença com seu pet que chamava Justin, um Golden que faleceu em janeiro deste ano, com apenas seis anos. “Eu não posso ter filhos, então crio meus cachorros (hoje tutora tem outros seis cachorros) como filhos. O primeiro ganhei do meu marido para não entrar em depressão. Então sempre é muito difícil essa perda, pois me apego muito a eles. Mas depois da situação que passei com ele (de ter tido câncer de pele), sempre converso com amigos e com quem eu posso, para servir de alerta para outros tutores”, afirma.

A tutora lembra que seus animais costumam viajar para a ilha do Marajó e, em janeiro do ano passado, quando voltava de uma das viagens percebeu que estava escorrendo um líquido branco do focinho de animal. “Eu achei que ele estava gripado e o levei para uma consulta. A veterinária pediu uma bateria de exames e não aparecia nada, então ela pediu um mais especifico. Nesse exame ele sofreu muito, porque tinha que colocar um cotonete no focinho dele para coletar o líquido. Foi preciso refazer três vezes e saia muito sangue. E quando veio o resultado foi sugestivo a doença”, lembra a tutora.

Justin morreu com seis anos, após ser diagnosticado com câncer de pele. (Foto: arquivo pessoal)

“Quando a veterinária me falou (da doença), bateu o desespero e logo começou a correria para ver o que podíamos fazer para ele não sofrer. O câncer foi muito agressivo, depois afetou as vias orais e o aparelho respiratório, ficava escorrendo a secreção com sangue. No começo, mesmo ele doente, ele comia, bebia água, brincava, mas depois ele foi piorando. Quando fizemos uma tomografia em maio, vimos que a doença já tinha tomado a narina dele do lado direito. Foram muitos exames, remédios, e eu cheguei a trazer um cirurgião de Brasília para tratar dele. Eu sabia que não ia curá-lo, mas queria prolongar a vida dele, sem sofrimento”, detalha.

Etiene Chucre conta que Justin ainda chegou a passar a virada deste ano com ela e a família em Salinópolis, pois ainda estava bem, porém, poucos dias após retornarem da viagem ele piorou. “É uma doença muito ruim e triste. O animal sofre muito. O Justin ‘gritava de dor’. O céu da boca já estava furando. Então foi feita a eutanásia”, diz.

A empresária lembra que, mesmo antes do seu pet ter a doença, ela já tinha ouvido falar, porém, nunca imaginou que um dos seus animais pudesse ter câncer de pele. “Por isso é importante fazer um check-up a cada seis meses, incluindo uma tomografia, pois tem doenças que não são detectadas com exames mais simples. E foi o que aconteceu com o cão de uma amiga. Eles fizeram os exames mais simples e não detectaram, quando resolveram fazer o exame para ver se era sugestivo ao câncer, logo depois ele faleceu e, quando chegou o resultado, ele estava com a doença”, conta.

A tutora da Bela não deixa de passar protetor solar na gatinha para evitar a doença. (Foto: arquivo pessoal)

Mesmo o câncer de pele sendo mais comum em cachorros, a tutora Leila Souza não deixa de ter cuidados com a gatinha Bela, de sete anos. “O cachorro de uma amiga teve câncer de pele e eu nem sabia que animais podiam ter a doença. Então quando levei a Bela para uma consulta de rotina, perguntei para a veterinária e ela me explicou que os gatos também podem ter a doença. Depois disso comecei a ter alguns cuidados, como passar protetor solar (próprio para pets) no focinho, orelhas e nas patinhas dela, já que gato é mais difícil você controlar. Quando vejo ela já está no quintal e pega sol. Acho que prevenção é sempre o melhor caminho”.

No dia-a-dia, fique atento aos sintomas que seu pet pode dar e procure um médico veterinário.

Texto: Ana Paula Azevedo

Coordenação: Gustavo Dutra

Arte: Demax Silva

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