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Conheça histórias de quem encarna ser Papai Noel e levam alegria para crianças e adultos

Quando se pensa no Papai Noel costuma vir à mente um senhor que usa roupas vermelhas, botas e cajado, de longa barba branca, com alguns quilinhos a mais. E quem incorpora o “bom velhinho” todos os anos tem a importante missão de levar alegria, esperança e

Quando se pensa no Papai Noel costuma vir à mente um senhor que usa roupas vermelhas, botas e cajado, de longa barba branca, com alguns quilinhos a mais. E quem incorpora o “bom velhinho” todos os anos tem a importante missão de levar alegria, esperança e ajudar a transmitir a magia que envolve o Natal.Natural do Estado de São Paulo, Dirceu Sampaio Fornengo, 76 anos, vive o encantamento da profissão de representar o Papai Noel há 18 anos. Antes, ele atuava como fotógrafo de estúdio em São Paulo. Em 1977 mudou-se para Belém onde começou a trabalhar como repórter fotográfico em jornais da cidade, entre eles, o DIÁRIO. E foi em um restaurante de Belém que Dirceu recebeu o primeiro convite para encarnar o personagem.

O que ele não imaginava é que essa seria a sua principal profissão. “Na época, eu já tinha a barba branca, só que aparada. Deixei crescer e consegui convencer a minha esposa a ser a ‘Mamãe Noel’. Ficamos por 3 anos lá”, conta ele. Após esse período, o casal resolveu mudar-se para São Paulo. Na época, a esposa de Dirceu, a paraense Vanete Sampaio, 66, viu que tinha uma agência convocando interessados em fazer Papai Noel para trabalhar em shopping center. Dirceu candidatou-se, conseguiu a vaga e ficou por 12 anos atuando com o personagem naquele Estado. Em seguida, a família retornou para Belém. Pai de dois filhos já adultos, Dirceu explica que, embora haja o retorno financeiro, ser Papai Noel é uma realização pessoal. “É o prazer de levar alegria a uma criança e pro adulto também. É uma emoção diferente quando você olha pra criança e vê o brilho nos olhos dela”, reforça.

ROTINA

A rotina de um Papai Noel é puxada. Dirceu, por exemplo, iniciou os trabalhos em um shopping center situado na avenida Augusto Montenegro, em Belém, no último dia 11 e permanecerá até 24 de dezembro. Até final deste mês, ele cumprirá o horário de 14h às 22h. A partir de dezembro trabalhará de 10h às 22h. Mas afirma que recebe um cuidado todo especial com uma sala de descanso só para ele. Para se preparar, faz musculação, cuida da saúde e da alimentação. “Tem crianças que fazem a gente chorar. Vem pedir pra falar com o pai que bebe para parar de agredir a mãe. Criança que pede pra gente trazer o avô de volta. Eu digo pra criança que, depois de ouvir isso, faço uma oração. Quando chego e vejo aquela gritaria, todo mundo quer ver o Papai Noel, me sinto realizado”, diz ele.

Dando vida ao “bom velhinho”

Há 7 anos, não passava pela cabeça do repórter cinematográfico paraense Jacob Elias Serruya, 55, a ideia de um dia encarnar um dos personagens mais admirados do universo infantil. Mas um certo dia, ao observar algumas características físicas de Jacob, uma amiga lhe disse que ele poderia dar vida ao “bom velhinho”. Conhecido como “Jacob Noel”, dono de uma barba branca e de um rosto rosado, ele já carregava a “pinta” de Papai Noel mesmo antes de encarnar o personagem.

E foi assim que Jacob resolveu arriscar e hoje ele atua em um shopping no bairro de Val-de-Cans, em Belém, onde iniciou as atividades no último dia 16. Mas se engana quem imagina que a magia, alegria e a emoção é somente do público infantil. O clima também envolve pais e familiares das crianças e o próprio Papai Noel. Embora tenha planos de mudar-se para outro País, ele afirma que não abandonará seu posto: fará questão de estar na capital paraense durante o período natalino.

“Sempre gostei muito de criança e pra desenvolver esse personagem tem que gostar muito de criança. E isso aconteceu até num momento trágico da minha vida. Eu sou judeu e o luto do judeu, ele fica um mês sem tirar a barba. Meu pai faleceu nessa época”, recorda Serruya. Foi nesse momento que surgiu a ideia de se tornar Papai Noel. “Aí uma amiga jornalista, madrinha do meu filho, falou: ‘por que tu não faz Papai Noel, tu gosta tanto de criança?’. Resolvi fazer um ensaio fotográfico e disse: ‘só aceito se olhar a foto e ver que parece o Papai Noel’. Quando vi a foto aceitei”, detalha.

Ao longo do ano, ele não descuida da aparência do Noel: cuida da barba, dos cabelos e do peso, porque o Papai Noel é “fofinho”, como ele mesmo diz. Para dar conta da maratona, também não dispensa um bom café. “Falo sempre que para ganhar presente tem que estudar, passar de ano, gostar de escovar os dentes e obedecer aos pais. Chego em casa e não consigo dormir porque essa energia boa não sai de mim”.

Uma grande paixã

Nas horas vagas, o maranhense Marcelo Vieira de Melo, 54, é chefe de cozinha. Mas não esconde que sua grande paixão é incorporar o Papai Noel há 24 anos. Ele descobriu a vocação depois que passou a morar em Belém, há 35 anos. Marcelo viu um anúncio no jornal e acabou sendo contratado para trabalhar em um shopping center na rodovia BR-316.

Marcelo conta que a inspiração para fazer algo diferente veio do exemplo de sua mãe que se vestia de “boneca Emília” para entregar doações em uma instituição de caridade, no município de Marituba, Região Metropolitana de Belém. Ele era apenas uma criança, mas o desejo ficou guardado. Quando surgiu a oportunidade, não hesitou em procurar o local e percebeu que tinha vocação.

Pai de três filhos já adultos, Marcelo conta que ser Papai Noel é unir o útil ao agradável. “Não é só pela questão financeira. Tem esse lado maravilhoso. Tem criança que me acompanha desde pequenino”, afirma. “Minha profissão é cozinheiro chefe, mas a prioridade é ser Papai Noel”, diz ele, que também faz animações e presença de Papai Noel nas casas de clientes.

“Meus três filhos cresceram vendo isso e eu só entregava os presentes deles no outro dia porque faço presença nas casas no dia de Natal. Cada criança tem uma reação e na dificuldade do País que estamos, ser um Papai Noel querido, poder trabalhar com o que gosto e ainda ganhar dinheiro é maravilhoso”, afirma.

Durante toda essa trajetória, ele coleciona histórias engraçadas. “Teve uma vovó que veio com o neto comemorar os seus aniversários, porque eles fazem no mesmo dia. Cantaram o parabéns juntos aqui em 2015. Não dá pra esquecer”. Após o Natal, a barba grisalha é aparada e ele sempre deixa crescer a partir de abril, quando faz aniversário. Para ficar branquinha, antes de assumir o posto de Papai Noel, ele faz descoloração.

PAPAI NOEL

Reza a lenda que o Papai Noel é um bom velhinho que mora no Polo Norte, traja roupas vermelhas, é barrigudinho, de barba branca e comprida. A lenda diz que ele e seus assistentes, os duendes, fabricam os presentes para distribuir no dia 25 de dezembro para as crianças.

Os duendes, por sua vez, têm a missão de observar o comportamento de cada criança e de recolher as cartinhas feitas por elas para leva-las até o Papai Noel. O “bom velhinho” vai entregar os presentes. Em seu trenó, puxado pelas renas, ele desce pela chaminé ou entra pela janela da casa e deixa o presente, com o nome da criança, debaixo da árvore de Natal.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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