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Táxis de Belém dispensam bandeira 2 durante o dia

Boa parte das cooperativas de taxistas de Belém decidiu novamente não cobrar a bandeira 2 em dezembro durante o dia. A estratégia de abrir mão da “bandeirada do 13º salário” foi uma orientação do sindicato da categoria, em 2017, que acabou sendo incorpora

Boa parte das cooperativas de taxistas de Belém decidiu novamente não cobrar a bandeira 2 em dezembro durante o dia. A estratégia de abrir mão da “bandeirada do 13º salário” foi uma orientação do sindicato da categoria, em 2017, que acabou sendo incorporada este ano. A bandeira 2 vai valer apenas entre 20h e 6h, como é cobrado.

O presidente da cooperativa Via Duque, Rogério Moura, conta que os cooperados decidiram fazer um teste antes de anunciar a medida, em 2017, e o resultado foi positivo: o número de corridas aumentou, bem como a expectativa de continuar os trabalhos em um bom ritmo nos meses seguintes. “Também ofertamos desconto de 20% nas corridas acima de R$ 20, para os clientes cadastrados”, diz, ao acrescentar que, com a entrada dos aplicativos de transporte de passageiros “ficou ruim para os taxistas”.

Para criar uma rede de relacionamento, o presidente decidiu também realizar, com o nome da cooperativa, ações sociais em prol de crianças internadas no Hospital Oncológico Octávio Lobo, em Belém. Os interessados em colaborar podem deixar alimentos, roupas, brinquedos e material de higiene na sede, na travessa Vileta, 1855, ou nos próprios veículos dos taxistas. Os trabalhadores têm liberdade para fazer sua rotina, mas costumam rodar de 10 a 12 horas diariamente. “Agora já temos uma expectativa muito boa, a cooperativa está numa crescente. Dezembro é o melhor mês para trabalhar, acreditamos que possa aumentar em 40% nossa renda”.

ATUAÇÃO

Na Cooperduque, os taxistas também abriram mão da bandeira 2 para que o trabalho possa ser mais solicitado em dezembro. De acordo com Euros Moreira, diretor administrativo da cooperativa, o clima agora é de buscar entender as novas formas de atuação do taxista, que deverá ficar ainda mais próximo do consumidor.

“Já é o segundo ano sem a bandeira dois. Hoje o mercado está do jeito que está e não temos como concorrer com os aplicativos”, afirma. Assim como Rogério, ele acredita no investimento do relacionamento com o cliente para alavancar as melhorias na renda dos taxistas. Mas também relembra que muitos tiveram que deixar de atuar como motoristas de táxi, por conta da queda na demanda de clientes.

“A gente quer dar a volta por cima. Mas deixamos de ganhar nosso dinheiro extra para pagarmos as despesas de início de ano, que antes tirávamos em dezembro”. Com a cooperativa tendo mais de 30 anos no mercado e 80 cooperados - já chegou a 106 -, Euros diz que há clientes que só se deslocam com os motoristas da Cooperduque e que não aderiram às corridas pelo aplicativo. A expectativa é que as corridas aumentem em 20% em dezembro.

“A categoria está chateada, mas buscando se reerguer”

No sindicato, a postura é respeitar a decisão de cada cooperativa. Manoel Waldir, vice-presidente do Sindicato dos Taxistas, reuniu-se novamente com a categoria para ver como tem recebido a orientação de não cobrar a bandeira 2, durante o dia, em dezembro deste ano. Atualmente, a capital possui uma frota de 5.825 motoristas credenciados.

“A maioria vai aderir a bandeira 1, para funcionar normalmente como nos outros meses do ano e com promoções para resgatar o cliente, frente à crise e a concorrência. Tem cooperativa que até já mandou imprimir panfleto, já está fazendo a sua propaganda. A categoria está chateada, mas buscando se reerguer”, analisa.

COBRANÇA

Na Cooperdoca, a bandeira 2 vai ser cobrada normalmente, durante todo o dia, em dezembro. A cooperativa preferiu não aderir à orientação do sindicato e vai manter a bandeirada. Abraão Davi, presidente da cooperativa, defende que este é um direito da categoria, mas que individualmente cada taxista poderá operar com a bandeira 1, caso assim negocie diretamente com o cliente.

“Esse é o 13º salário do taxista e preciso observar que é lei. Só quem vai ter vantagem é o passageiro. Mas existe também o bom senso e a conversa”, destaca, enfatizando ainda a credibilidade conquistada pela categoria. “Os clientes já confiam no conforto e na segurança e isso não tem preço. Já conhecemos endereços, sabemos melhores atalhos, onde pode estar engarrafado”, defende.

A Cooperdoca também busca se movimentar para conquistar novos clientes e já possui seu próprio aplicativo, além de ofertar viagens corporativas e fazer parceria com shoppings - o que tem garantido o movimento da empresa. Para o ano que vem, a expectativa é lançar corridas para municípios distantes até 200 km de Belém.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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