Black Friday em Belém deve ser mais lucrativa este ano do que em 2017

Hoje é o grande dia de promoções da Black Friday, uma tradição do comércio dos Estados Unidos que já se tornou popular também no Brasil e os lojistas de Belém esperam aquecer as vendas e dar uma baixa nos estoques.

Joy Colares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindlojas), acredita que o aumento das vendas em relação ao ano passado deve ser de cerca de 10% no varejo. “A gente se adaptou bem com essa data, de forma abrasileirada, com o mês todo de promoção ou uma semana, e não apenas um dia, como é a forma americana, somente na sexta-feira mesmo. No começo foi mal interpretada e chamada de ‘black fraude’, mas agora os consumidores estão mais confiantes. Espero que os clientes saiam de casa e vão às compras”.

Ele explica que a oscilação do percentual de descontos e o funcionamento das lojas variam de acordo com cada proprietário, mas um acordo com o Sindicato dos Empregados do Comércio prevê que as portas fiquem abertas das 6h às 23h. “A data é boa para liquidar e fazer ponta de estoque de mercadoria que o lojista quer colocar para fora da empresa e abrir o estoque para o Natal”, explicou Joy Colares.

A comerciante Franssinete Ferreira, 45, viajou do município de Magalhães Barata, Nordeste do Pará, para a capital paraense a fim de renovar os produtos de sua loja. Em uma sapataria, ela fez uma compra no valor total de R$ 882, mas ganhou R$ 365,60 de desconto e pagou R$ 516,40, “Já sabia da Black Friday e vim só para isso. Ainda vou a outras lojas também comprar o que for possível, maquiagem, roupas, o que estiver bom de preço”, disse.

A gerente da loja, Lene Barroso, ficou satisfeita com a venda, mas disse que ainda assim o movimento está mais fraco do que no ano passado. “A gente colocou bons descontos, de até 60%, esperávamos com isso uma loja lotada, os clientes comprando de verdade. Acho que pode melhorar na sexta”, disse. A loja iniciou a promoção na última quarta-feira (21).
Por outro lado, em uma loja de roupas, que também começou a Black Friday na quarta e segue até amanhã, a gerente disse que as vendas melhoraram bastante e a expectativa é vender boa parte do estoque. “Fizemos a limpeza no estoque, baixamos muita mercadoria para abrir para a nova coleção que está chegando, já no clima de dezembro. Aqui tem desconto de até 100%, só colocamos o preço de custo”,disse Steffanne Santos.

Já em uma loja de cosméticos, o movimento não era dos melhores. A gerente estranhou a falta de movimentação. “Começamos com os descontos na segunda (19) e até agora nada de melhorarem as vendas. Acho que os consumidores estão com menos dinheiro”, opinou.

PESQUISA

Em um estabelecimento de eletrodomésticos, Odete Carvalho, 52, dona de casa, estava em busca de um fogão, mas não quis comprar na primeira loja que entrou e ainda iria percorrer por outros lugares para comparar preços. “Procuro algo na faixa entre R$ 500 e R$ 600. Vou levar onde eu encontrar o melhor pelo menor preço. Acho que os preços vão baixar mais amanhã (hoje)”, argumentou.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)