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Saída de cubanos deve afetar saúde no interior do Pará

A polêmica em torno do fim do Mais Médicos, em todo Brasil, continua, desde que Cuba decidiu encerrar a parceria do programa, retirando 8 mil profissionais do País. No Pará, são 542 médicos a menos em hospitais e postos de saúde, localizados em áreas de d

A polêmica em torno do fim do Mais Médicos, em todo Brasil, continua, desde que Cuba decidiu encerrar a parceria do programa, retirando 8 mil profissionais do País. No Pará, são 542 médicos a menos em hospitais e postos de saúde, localizados em áreas de difícil acesso do Estado.

De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa), desde 2013, quando iniciou o Programa Mais Médicos, ainda no governo Dilma Rousseff, 121 municípios do estado recebem os profissionais. Somente em Santarém, por exemplo, 17 médicos devem sair nos próximos dias.

“Até onde sabemos, eles têm cerca de 40 dias para sair. Na nossa cidade estávamos com quatro profissionais. Agora vamos avaliar e substituí-los, pois a população não pode ser desassistida”, disse o prefeito de Castanhal, Pedro Coelho. Em algumas cidades, a situação é pior, por causa da distância em relação à capital, além da remuneração oferecida, considerada ‘baixa’ pela maioria dos profissionais nascidos na região, como é o caso do município de Novo Repartimento, distante de Belém 560 quilômetros.

“Nosso município tem 72 mil habitantes, a maior parte distribuída na zona rural. Boa parte dessa população era atendida pelos médicos cubanos. Já existe um desfalque natural de médicos, e com a perda desses profissionais nós vamos ter sérios problemas no que diz respeito à saúde”, revela o prefeito Deusivaldo Pimentel. Segundo ele, oito profissionais garantiam o atendimento em comunidades até 200 quilômetros de distância da sede do município.

Para se ter uma ideia, em Novo Repartimento a prefeitura chega a oferecer salários de R$ 20 mil reais, considerado um valor baixo. “Temos uma folha de 250, 300 mil reais para despesas com profissionais da saúde. Esse valor é muito alto e para uma cidadezinha como a nossa. Com menos oito médicos, nós não sabemos nem o que fazer agora”, lamenta. O contingente total de médicos da cidade era de 16 profissionais, sendo oito cubanos, dois concursados e seis prestadores de serviço.

INDÍGENAS

A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) perderá 301 dos seus 372 médicos com o fim da participação cubana no programa Mais Médicos, ou 81% total. Para especialistas, o êxodo repentino colapsará o atendimento ao segmento da população com alguns dos piores índices de saúde do país.

Os médicos cubanos estão alocados em Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) espalhados por 19 estados. O Amazonas é o que reúne o maior número (78), seguido por Mato Grosso (35), Pará e Roraima, ambos com 26 cada um. Um dos DSEIs mais atingidos será o do Rio Tapajós, no oeste do Pará, região habitada pela etnia mundurucu. São dez médicos cubanos e apenas um brasileiro para uma população de quase 15 mil indígenas.

(Luiz Guilherme Ramos com informações da Folhapress)

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