Universitária reclama da recusa de meia-entrada no Parque Ita

A noite deste sábado (17) seria de diversão para a universitária Francilene Hage, mas acabou se transformando em dor de cabeça. Ela iria aproveitar o passeio no Ita Center Park, no bairro de Nazaré, em Belém, mas não conseguiu comprar os ingressos para os brinquedos. O motivo? Os funcionários do centro de diversão se recusaram a aceitar a carteirinha da faculdade.

Francilene é acadêmica de Direito na Universidade da Amazônia e afirmou que, mesmo apresentando o documento estudantil junto com declaração de vínculo da faculdade, os funcionários do parque não quiseram vender os ingressos de meia-entrada.

Em um vídeo gravado pela denunciante, durante uma conversa com o gerente do parque, identificado apenas como Geraldo, ele afirma que a lei foi respaldada pelo Ministério Público.

A estudante também conversou com outro responsável do local, que afirma que só aceita a carteira estudantil nacional padronizada com certificado digital, como está explicando nas placas espalhadas pelo parque.

Segundo a denunciante, ela também questionou a decisão do gerente do parque, após ele abrir a exceção de vender meia-entrada somente para ela, sendo que outras pessoas estavam passando pela mesma situação.

De acordo com a Lei nº 12.933, de 26 dezembro de 2013, o benefício do pagamento de meia-entrada é para estudantes, idosos, pessoas com deficiência e jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes em espetáculos artístico-culturais e esportivos.

O OUTRO LADO

O DOL não conseguiu contato com a gerência do Parque durante a noite do último sábado (17), mas foi respondido na tarde desta segunda-feira (19). Por meio de nota, o Ita Center Park informou que não se nega a vender a meia entrada e esclarece que a medida adotada pelos vendedores "se deu em decorrência da grande quantidade de documentos falsificados que são apresentados diariamente nas dependências do parque".

Destacou uma recomendação emitida pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), que determinava um prazo para adequação das instituições do Estado no período de 5 de junho a 5 de agosto (que não foi obedecido) e que, por esse motivo, tentava fazer valer o estabelecido em lei "sem desrespeitar a quem possui tal direito e dada as circunstâncias, atentará com o máximo de cuidado possível a quem de fato tem o direito à meia entrada".

E finalizou, "as situações que não estiverem dentro dos padrões estabelecidos, serão analisadas pontualmente pela gerência do parque".

(DOL)