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Estado gasta apenas R$0,70 por dia com a saúde de cada paraense

Um dos grandes desafios que o governador eleito, Helder Barbalho, terá pela frente é organizar o sistema de saúde pública do Pará. Com estruturas sucateadas, falta de pessoal especializado e, principalmente, com sérios problemas na gestão, que já acendera

Um dos grandes desafios que o governador eleito, Helder Barbalho, terá pela frente é organizar o sistema de saúde pública do Pará. Com estruturas sucateadas, falta de pessoal especializado e, principalmente, com sérios problemas na gestão, que já acenderam a luz vermelha no Ministério da Saúde, em Brasília, o Pará registra o mais baixo investimento per capita em saúde do país, com R$ 703,67 de gasto médio por cidadão (federal, municipal e estadual). Se levarmos em conta apenas os gastos do governo de Simão Jatene, esse valor é de R$ 258,02 em um ano, ou R$ 0,70 por dia.

O Conselho considera o valor investido no Pará muito abaixo do ideal. Os dados sobre os gastos do Pará fazem parte de um amplo estudo feito com base na análise das contas públicas realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), e divulgado ontem (13). O que chama a atenção para a gestão paraense é o confronto do investimento por cidadão em um Estado que tem população de mais de oito milhões de habitantes; com dimensões continentais; com relevo que dificulta os deslocamentos entre os grandes centros urbanos e as pequenas comunidades do interior; entre outras características únicas com um estado como o Acre, por exemplo, cuja população é de 790 mil habitantes e que ocupa espaço territorial de 152.581 km².

No Acre os gastos per capita são de R$ 1.306,91. O mesmo acontece com Roraima, com menos de 500 mil habitantes e com área de 224.299 km², que tem o maior gasto público em saúde por habitante, totalizando R$ 1.771,13. “Fica claro que há algo de muito errado com os dados apresentados pelo sistema de saúde do Governo do Estado do Pará.

GRAVE PROBLEMA

O governo federal repassa recursos com base nos relatórios que recebe das secretarias estaduais de saúde, ou seja, quanto mais necessidade esses estados apresentam, por sua complexidade e número de habitantes, mais dinheiro deveriam receber e, por conseguinte, maior deveria ser o gasto por habitante”, revelou ao DIÁRIO um técnico do Ministério da Saúde.

Na semana passada, quando esteve em Brasília, o secretário de Saúde do município de Gurupá denunciou o grave problema que vem enfrentando pela falta de repasse de recursos federais retidos pelo governo de Simão Jatene. Mackdowell Magalhães disse que, embora tenha fornecido à Secretaria de Estado da Saúde todos os dados sobre o número de leitos ocupados por pacientes do SUS, o dinheiro que é entregue pela Sespa chega sempre “pela metade”. “Estamos atendendo muito mais que o dobro de pacientes do que está sendo repassado pela Sespa. Esse problema é muito grave”, afirmou o secretário.

CAPITAL

Entre as capitais, Belém também está entre as últimas colocadas em gasto per capita, com R$ 247,48. Nesse caso, em 23º. Entre os piores desempenhos figuram Rio Branco (AC), com R$ 214,36; Salvador (BA), com R$ 243,40; Maceió (AL), com R$ 294,46 e Macapá (AP), com R$ 156,67.

Pacientes do Ophir Loyola protestam pela falta de medicamentos contra o câncer

Pacientes com câncer e familiares protestaram em frente ao Hospital Ophir Loyola, na manhã desta terça-feira (13), contra a falta de alguns medicamentos para o tratamento da doença na rede estadual de saúde. Joyce Silva é uma das prejudicadas. Ela descobriu um câncer de mama e iniciou o tratamento em 2013. Três anos depois, ela descobriu uma metástase nos ossos e pulmão. “Eu utilizo a medicação Taxol, uma dose mensal para fazer o tratamento. Eu preciso das medicações para controlar a doença no meu organismo”, desabafa.

Segundo os pacientes, há pelo menos duas medicações quimioterápicas que estão em falta: a Taxol e Zometa. “A Taxol está em falta pelo menos três meses. Já a Zometa há alguns dias. Os pacientes que precisam tomar os medicamentos estão impedidos”, diz Joyce.

O Hospital esclarece, em nota, que os problemas de abastecimento do medicamento Taxol decorreram da não entrega do medicamento pela empresa Accord Farmacêutica Ltda. O HOL informa que está realizando aquisição emergencial através de dispensa de licitação, a fim de garantir o abastecimento no menor tempo possível. Quanto ao medicamento Zometa, o Hospital está aguardando a entrega pelo fornecedor.

(Luíza Mello/Diário do Pará)

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