Ainda que não haja contato visual, a conexão é certeira. Através das vozes, dos trejeitos e do contato diário, a relação entre radialistas e ouvintes foi construída e permanece até hoje, mais de 120 anos após a invenção do rádio. Como forma de homenagear os profissionais que atuam por trás dos microfones, a lei nº 11.327/2006 determinou que o dia 7 de novembro ficaria marcado como o Dia do Radialista, data de nascimento do compositor, músico e radialista Ary Barroso.
No ar há 26 anos, a relação do locutor Aelson Silva, 48 anos, com o rádio iniciou por acaso. Ainda em 1992, Aelson trabalhava como açougueiro quando foi convidado a fazer um teste para locução. No dia seguinte ele já deu início à profissão que segue até hoje. “Começar a trabalhar como locutor foi uma das maiores felicidades da minha vida porque consegui realizar um sonho”, lembra.
Aelson comanda um dos mais populares programas do rádio paraense (Foto: Reprodução/Facebook)
A oportunidade de permanecer neste sonho se deu ainda em outras rádios até que o locutor chegasse à 99FM, onde atua já há 22 anos, e à Diário FM, onde está há 15 anos. “São rádios que eu sempre tive vontade de fazer, também foi a realização de uma vontade muito grande e tenho essa oportunidade de estar nessas duas emissoras até hoje”, considera. “E uma coisa bacana que a rádio proporciona é que o ouvinte já conhece a voz do locutor. Ele acaba criando uma afinidade com o profissional e acompanhando”.
Essa relação estreita entre os ouvintes e o radialista também é destacada pelo narrador e apresentador da Rádio Clube, Valmir Rodrigues, 49 anos. Há 31 anos atuando em rádio, ele destaca que a participação dos ouvintes é sempre muito presente no veículo. “O ouvinte que quer uma companhia se habitua àquela voz, se identifica e isso fideliza o público”, destaca. “Por isso, temos muita participação deles”.
Para continuar servindo a esse público, Valmir destaca que o rádio já se adapta às novas tecnologias. “Com o advento da internet, as pessoas estão ouvindo a rádio nas plataformas. Você baixa o aplicativo da rádio e pode ouvir em qualquer lugar do mundo”, ressalta. “Com isso aumentou muito o efeito multiplicador do rádio”.
(Cintia Magno/Diário do Pará)
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