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Automedicação é praticada por 80% dos paraenses ouvidos em pesquisa

O hábito da automedicação foi alvo de uma pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) e o resultado mostrou um cenário preocupante por causa do uso desenfreado de medicamentos, sobretudo os que combatem a dor de cabeça, febre ou resfri

O hábito da automedicação foi alvo de uma pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) e o resultado mostrou um cenário preocupante por causa do uso desenfreado de medicamentos, sobretudo os que combatem a dor de cabeça, febre ou resfriado e dores musculares.

Em linhas gerais, a pesquisa do ICTQ mostrou que 79% dos entrevistados acima dos 16 anos admitiram ter feito uso de medicamentos sem prescrição médica. Foram consultadas 2.126 pessoas, em 129 municípios das cinco regiões do País, incluindo o Estado do Pará, que tem uma das maiores médias do Brasil, e esse índice alcança 80%.

Os remédios mais consumidos são os analgésicos (45%), anti-inflamatórios (40%) e relaxante muscular (27%). Os jovens entre 25 e 34 anos tendem a fazer maior uso desta prática. Entre eles a média chega a 91% no País. De acordo com a representante do ICTQ no Pará, Rita Sampaio, a tentativa de reverter esses sintomas aparentemente simples pode trazer vários problemas para a saúde, sobretudo em alguns grupos de maior risco.

“Todo mundo acha que sabe cuidar de si e dos outros sem precisar de um médico. Isso pode mascarar sintomas de doenças mais graves e até mesmo matar. Geralmente os idosos tomam vários medicamentos por dia e um simples analgésico pode anular o efeito ou até mesmo potencializar a ação de outro medicamento causando efeitos indesejáveis”.

SITUAÇÕES

Parte dessa alta na automedicação se deve a uma série de situações que podem variar entre o acesso à informação através da internet e a facilidade em conseguir medicação na farmácia. “O medicamento isento de prescrição médica é aprovado pelo órgão de vigilância sanitária e passou por rigorosos testes de qualidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o seu enquadramento. Logo, estamos falando de produtos que possuem registro para esse fim. Entretanto, eles não são livres de risco à saúde. Ao contrário, existem vários problemas decorrentes do mau uso desses medicamentos como, por exemplo, intoxicação por sobredose, ausência de resposta por baixas doses e outros riscos”, explica Rita.

Uma simples febre, por exemplo, pode ser sinal de alerta para infecções o que exige um atendimento médico especializado. Ao tomar um medicamento por conta própria, o paciente retarda a busca por ajuda profissional e muitas vezes pode agravar o problema. Por consequência, a melhora exigirá um tratamento mais demorado e, em alguns casos, de maior custo para o paciente.

Para o representante do Conselho Regional de Farmácia no Pará, Marcelo Brasil, enquanto não houver a conscientização sobre os riscos da automedicação, é provável que efeitos mais severos e preocupantes continuem assustando quem se atreve a tomar um remédio sem o acompanhamento de um especialista. “A cada hora se registram dois casos de intoxicação pelo uso de remédio sem prescrição. É a maior causa de intoxicação do País”, destaca.

OS PRINCIPAIS SINTOMAS QUE LEVAM O BRASILEIRO A SE AUTOMEDICAR

  • Dor de cabeça: 55%
  • Febre: 41%
  • Resfriado: 30%
  • Dores musculares: 31%
  • Tosse: 30%
  • Dor no estômago: 20%
  • Dor de barriga: 21%
  • Alergia: 11%
  • Cólica abdominal: 12%
  • Congestão nasal: 10%

TIPOS DE MEDICAMENTOS MAIS CONSUMIDOS POR CONTA PRÓPRIA

  • Analgésicos: 45%
  • Anti-inflamatório: 40%
  • Relaxante muscular: 27%
  • Antitérmicos (contra febres): 16%
  • Antialérgico: 19%
  • Descongestionante nasal: 16%
  • Expectorante: 12%
  • Antiácido: 11%

(Luiz Guilherme Ramos/Diário do Pará)

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