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Médicos enfrentam desvio de função em UPA da Terra Firme

O Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (Sindmepa) promove hoje (30) uma reunião em sua sede, às 10h, no bairro de Nazaré, em Belém, para apurar denúncias formalizadas por médicos do setor de Pediatria que trabalham em plantões na Unidade de Pronto Aten

O Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (Sindmepa) promove hoje (30) uma reunião em sua sede, às 10h, no bairro de Nazaré, em Belém, para apurar denúncias formalizadas por médicos do setor de Pediatria que trabalham em plantões na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Terra-Firme. De acordo com os plantonistas, há cerca de um mês a unidade está com um quadro insuficiente de clínicos gerais. Para não deixar de atender a demanda de pacientes, os pediatras são rotineiramente designados para a clínica médica.

Contudo, são obrigados a deixar de atender a pediatria – que conta atualmente com três profissionais por plantão. De acordo com o advogado do Sindmepa, Eduardo Sizo, os profissionais relatam que a determinação para que atendam a clínica médica parte da própria diretoria. Para discutir a situação, a diretoria do Sindmepa receberá os médicos pediatras e a direção da UPA. Representantes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) também foram convidados por meio de ofício, mas, segundo o advogado, até final da tarde de ontem não havia confirmado participação.

Além da demanda insuficiente no atendimento, há também a reclamação de falta de medicamentos na unidade, de insumos como material para intubação de crianças, falta de qualificação da equipe de enfermagem para o atendimento pediátrico, atrasos nos pagamentos, entre outras demandas. O representante jurídico do sindicato diz ainda que a maior parte dos médicos é contratada para prestação de serviços. Apenas um do setor de pediatria é concursado.

“Quem procura pelo atendimento não encontra porque os médicos se dividem entre pediatria e clínica, quando deveriam ser contratados mais clínicos”, pontua Sizo. “Além disso, eles são obrigados a fazer visita e prescrição para pacientes internados na UPA, sendo que nem deveria existir internação porque não é a finalidade. Por não haver leitos em outros hospitais, os pacientes ficam lá para não serem mandados de volta para casa”, ressalta.

Atualmente, o setor de pediatria da UPA dispõe de 19 médicos que trabalham por escala de plantões de 12h e 24h. A cada plantão devem ficar no mínimo três médicos, mas isso não é atendido devido os profissionais serem deslocados para o atendimento clínico. “O principal motivo da reunião é requerer que a UPA faça a contratação de plantonistas para área clínica. Não existe médico concursado suficiente para atender as demandas nem no Estado e no município”, observa.

PROVIDÊNCIAS

O Sindmepa diz que, caso não haja entendimento com a diretoria da UPA durante a reunião, o sindicato pretende fazer uma visita in loco para apurar mais de perto as dificuldades dos médicos. A partir do que for constatado, será elaborado um relatório que deve ser direcionado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), para que cobrem as devidas providências. “Essa situação começou há um mês e só vem se agravando. Eram casos esporádicos e agora virou rotina, o atendimento é simultâneo e ainda recebem somente pelo atendimento pediátrico”, diz Sizo.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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