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Centenas de famílias podem ser despejadas pelo Governo

Centenas de famílias que residem na ocupação conhecida como Curtume Santo Antônio, no bairro de Canudos, em Belém, temem a possibilidade de serem despejadas de suas casas à qualquer momento. Isso porque o Governo do Estado ingressou com uma ação na justiç

Centenas de famílias que residem na ocupação conhecida como Curtume Santo Antônio, no bairro de Canudos, em Belém, temem a possibilidade de serem despejadas de suas casas à qualquer momento. Isso porque o Governo do Estado ingressou com uma ação na justiça exigindo a desocupação imediata do imóvel, sem que os atuais ocupantes sejam remanejados ou assistidos financeiramente enquanto novas obras não são feitas no local, segundo eles.

“Não estamos brigando para ficar na sujeira, mas aqui não tem água, luz, esgoto. O que a gente quer é um local digno. São centenas de famílias que não têm pra onde ir”, conta a moradora Kelly Lopes, que reside na ocupação desde 2010. “É absurdo tirar todas elas sem ter um projeto para o local e nos jogando na rua”.

Ela diz que no dia 30 de junho foi decretada liminar exigindo a saída. A Defensoria Pública conseguiu derrubar a decisão, mas tem outra que vence no dia 14 de novembro. “Estamos desesperados. Quando vierem aqui nos tirar vai ser uma tragédia”, prevê.

A história da invasão, que já sofreu pelo menos dois processos de ocupação em épocas distintas, se desenrola há décadas, mas somente na gestão da ex-governadora Ana Júlia (2006-2010) recebeu obras para um conjunto residencial, logo abandonado e repassado ao governo de Simão Jatene.

O problema é que as obras jamais iniciaram e novos moradores se juntaram ao local. “A alegação deles é que as primeiras famílias já foram assistidas pelo governo e que esta é a segunda invasão. Eles dizem que a gente precisa recorrer para entrar em algum programa do governo”, complementa.

IMPROVISO

Basta uma caminhada pelas vias estreitas para sentir o peso do abandono. Não há saneamento básico ou iluminação adequada. Crianças andam no meio do lixo. “Aqui todo mundo faz alguma coisa para ajudar. Ninguém nos dá nada. E o Governo ainda quer nos tirar”, diz Fátima Pereira, que mora em um casebre minúsculo com outras dez pessoas da família.

(Luiz Guilherme Ramos/Diário do Pará)

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