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Delegado será investigado por crime ambiental e associação criminosa

Peculato, concussão, crime ambiental e associação criminosa, esses são os crimes que o delegado Rodrigo da Motta França responderá após denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado na terça-feira (02), por meio da promotora de Justiça de Ourilândi

Peculato, concussão, crime ambiental e associação criminosa, esses são os crimes que o delegado Rodrigo da Motta França responderá após denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado na terça-feira (02), por meio da promotora de Justiça de Ourilândia do Norte, Aline Cunha. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (03).

Além do delegado Rodrigo França foram denunciados também Joycimara Ribeiro Lima (companheira), Neilto Tomaz França (pai), Ana Lúcia Castro Lúcio e Allan Soares Vilela. Os acusados estão presos no Presídio Americano I em Belém e no Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama), em Marabá, no sudeste paraense.

A denúncia foi oferecida com base em inquérito instaurado pela Corregedoria de Polícia Civil da Regional do Araguaia, para apurar os crimes que teriam ocorrido tanto em garimpos localizados no município de Ourilândia do Norte, assim como nas dependências da delegacia de Polícia Civil do município de Tucumã.

Após ter tomado conhecimento de supostas condutas criminosas do delegado Rodrigo França, os fatos foram apurados pela Polícia Civil e elaborado um relatório investigativo apontando diversas praticas delituosas e infrações na esfera administrativa.

Consta dos autos do inquérito que o denunciado Rodrigo adquiriu um garimpo, de modo ilegal, no município de Ourilândia do Norte e passou a promover extração ilegal de ouro, utilizando-se da substância popularmente conhecida como “azougue”, mercúrio na forma liquida, causando graves danos ambientais. O delito de extração ilegal de minério é de competência da Justiça Federal, no âmbito estadual é apurado o crime ambiental resultante da conduta ilícita.

Além disso, o delegado Rodrigo transformou a unidade policial em um verdadeiro balcão de negócios, promovendo reuniões com garimpeiros subordinados a ele e inclusive desviando refeições custeadas pelo Estado que seriam destinadas à alimentação dos presos da unidade policial, segundo informações do Ministério Público.

Outra conduta criminosa identificada foi a exigência de valores de proprietários de garimpos vizinhos, sob ameaça de efetuar ação policial contra os ilícitos praticados nesses garimpos.

Foi apurado também que, para melhor gerenciar as operações criminosas, Rodrigo permitiu a permanência, ou melhor, “colocou para trabalhar”, na unidade policial, a sua companheira Joycimara Lima, seu pai, Neilto França e a cozinheira Ana Lucia Castro Lucio, que atuavam como “olheiros” e “informantes”, auxiliando Rodrigo nos negócios ilícitos.

Após a realização de escutas telefônicas e apreensão de aparelhos celulares que tinham troca de mensagens, foram identificados outros crimes cometidos pelo delegado, como a cobrança de dez mil reais de uma vítima de furto de gado, para que a investigação fosse realizada e o gado fosse restituído, além da suspeita de apropriação indevida de drogas e armas e a comercialização de peças de veículos apreendidos na unidade policial.

“O relatório investigativo da Polícia Civil demonstra com riqueza de detalhes as ações criminosas perpetradas pelos denunciados, enriquecendo-o, por várias vezes, com registros fotográficos das condutas ocorrendo, demonstrando, por fim, qual seria a participação de cada um dos denunciados no esquema criminoso instalado naquela unidade policial pelo delegado responsável”, enfatiza na denúncia a promotora Aline Cunha.

Em complemento a essas investigações, no dia 6 de setembro de 2018 se deu nos municípios de Ourilândia do Norte e Tucumã a deflagração da “Operação Mamon” com cumprimento de prisões preventivas e de mandados de busca e apreensão.

Foram apreendidos na casa do delegado Rodrigo duas armas de fogo sem registro e diversos objetos e documentos, desde documentos e anotações que tratam acerca da exploração de minério, como peças de motocicletas, artigos dourados, um conjunto de dois cilindros com mangueiras e maçarico, dentre outros.

No garimpo pertencente ao denunciado foram encontrados vários objetos, documentos e anotações referente a extração de minério, assim como anotações que se referem a utilização de azougue na extração do ouro.

“Como pode-se perceber vasta são os indícios, como relatórios de investigação, interceptação, autos circunstanciados, depoimentos de testemunhas, objetos apreendidos e até as confissões de alguns investigados, que apontam o delegado no cenário de extração ilegal de ouro, poluição de meio ambiente, diversos peculatos, tudo praticado em verdadeira associação criminosa com os demais investigados”, conclui Aline Cunha.

(Com infromações do MPPA)

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